Os meses se passaram com tanta rapidez, que eu nem sequer percebi. Minha irmã, com sua barriga enorme, estava ansiosa pelo nascimento do seu bebê, e meu coração sangrava em silêncio por eu saber que, em breve, estaria longe dela, do meu sobrinho e dele.
Todo sexo e os momentos que tive ali foram ótimos. Eu tinha a certeza de que Amélia ficaria bem, mas o problema era que eu também queria ficar. Com ele.
Porém, não era possível.
O que tínhamos era limitado ao prazer, e eu tinha pura ciência disso.
— O quarto ficou lindo! — Mel comemorou. — Não vai demorar para o meu bebê chegar.
— Sim, ele pode vir a qualquer momento. Pena que não sabemos o sexo dele ainda.
— Não tem problema — ela disse, boba. — Vai mesmo embora quando ele nascer?
— Já fiz o meu trabalho aqui completamente. É hora de voltar para a realidade.
— Peter gosta disso? — Ela se encostou no berço e passou a mão na barriga. — Vai deixar você ir?
— Por que não deixaria? — Ri, quase sem resposta.
— Vocês têm um bom tempo juntos...
— Nada que envolva apego — menti. — Não mudou nada do início.
— Não é verdade, mas tudo bem.
Eu tinha que acreditar nisso, ou sofreria mais do que já estava sofrendo. Peter me deu o que prometeu: prazer e exclusividade com ele. E eu faria a minha parte, sem nenhum drama de novela. Estava ciente de que chegaria esse dia.
Depois de ficar um tempo com Amélia, saí da mansão um pouco. O clima já havia se modificado. Não tinha mais neve, mas ainda estava frio. A natureza conseguia ser bonita em todos os lugares do mundo e não dependia de ninguém para isso.
Os meses me fizeram aprender que a mulher de um mafioso está fadada a ser protegida em cada centímetro que pisar, que terá um homem possessivo e perigoso deitado ao seu lado e que, dentro de determinados limites, pode fazer o que quiser.
Minha irmã tinha tudo isso, e eu também tive durante os meses em que fiquei ali.
Foi bom e divertido, mas foi temporário.
— Esther.
Virei-me quando a voz infantil de Connor me chamou. O garotinho parecido com Aaron veio e me abraçou carinhosamente. Ele vinha a cada duas semanas ficar com o pai, já que estudava em um colégio interno, e sempre gostava de passar um tempo comigo. Viver sem uma mãe devia ser difícil a ponto de ser traumático.
E eu gostava dele também.
— O pai disse que você está tiste — ele falou baixinho para que o moreno atrás dele não ouvisse.
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A Tentação Do Mafioso Alemão - (Degustação)
RomanceDISPONÍVEL NA AMAZON E KINDLEUNLIMITED!!! × SINOPSE × Um AGE GAP de tirar o fôlego. "O ciúme e a posse que Peter sentia por Esther era inexplicável. Não era apenas desejo, não era apenas pelo sexo. Esther era dele e ele era dela." Peter Hoffmann era...