CAPÍTULO 23

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Os meses se passaram com tanta rapidez, que eu nem sequer percebi

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Os meses se passaram com tanta rapidez, que eu nem sequer percebi. Minha irmã, com sua barriga enorme, estava ansiosa pelo nascimento do seu bebê, e meu coração sangrava em silêncio por eu saber que, em breve, estaria longe dela, do meu sobrinho e dele.

Todo sexo e os momentos que tive ali foram ótimos. Eu tinha a certeza de que Amélia ficaria bem, mas o problema era que eu também queria ficar. Com ele.

Porém, não era possível.

O que tínhamos era limitado ao prazer, e eu tinha pura ciência disso.

— O quarto ficou lindo! — Mel comemorou. — Não vai demorar para o meu bebê chegar.

— Sim, ele pode vir a qualquer momento. Pena que não sabemos o sexo dele ainda.

— Não tem problema — ela disse, boba. — Vai mesmo embora quando ele nascer?

— Já fiz o meu trabalho aqui completamente. É hora de voltar para a realidade.

— Peter gosta disso? — Ela se encostou no berço e passou a mão na barriga. — Vai deixar você ir?

— Por que não deixaria? — Ri, quase sem resposta.

— Vocês têm um bom tempo juntos...

— Nada que envolva apego — menti. — Não mudou nada do início.

— Não é verdade, mas tudo bem.

Eu tinha que acreditar nisso, ou sofreria mais do que já estava sofrendo. Peter me deu o que prometeu: prazer e exclusividade com ele. E eu faria a minha parte, sem nenhum drama de novela. Estava ciente de que chegaria esse dia.

Depois de ficar um tempo com Amélia, saí da mansão um pouco. O clima já havia se modificado. Não tinha mais neve, mas ainda estava frio. A natureza conseguia ser bonita em todos os lugares do mundo e não dependia de ninguém para isso.

Os meses me fizeram aprender que a mulher de um mafioso está fadada a ser protegida em cada centímetro que pisar, que terá um homem possessivo e perigoso deitado ao seu lado e que, dentro de determinados limites, pode fazer o que quiser.

Minha irmã tinha tudo isso, e eu também tive durante os meses em que fiquei ali.

Foi bom e divertido, mas foi temporário.

— Esther.

Virei-me quando a voz infantil de Connor me chamou. O garotinho parecido com Aaron veio e me abraçou carinhosamente. Ele vinha a cada duas semanas ficar com o pai, já que estudava em um colégio interno, e sempre gostava de passar um tempo comigo. Viver sem uma mãe devia ser difícil a ponto de ser traumático.

E eu gostava dele também.

— O pai disse que você está tiste — ele falou baixinho para que o moreno atrás dele não ouvisse.

A Tentação Do Mafioso Alemão - (Degustação) Where stories live. Discover now