capítulo 8.

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Capítulo 8.
Continuando a minha narração e o meu plano, disse a Roger que iria embora da cidade, mas não fui, passei 14 anos de minha vida me preparando, estudei enfermagem, estudei o Braille e a matemática, tudo para surpreender essa linda familia, que passei a odia-los com todas as minhas forças. Decidi seguir os passos de cada um deles, sem nem notarem, soube que um ano seguinte após o término da relação, Roger havia pedido sua querida Helena em namoro na formatura da escola, se casaram um ano depois, e a 6meses a pirralhinha lutou para vir ao mundo,
Digo que lutou porque para a minha total alegria, Helena teve um quase aborto, devido a hemorragias,pude discretamente acompanhar seus pré -natais, sabia que ela poderia morar no hospital, de tanto que ia e voltava,
Até que faltando 12 dias para os 6meses, Sara infelizmente nasceu. Uma menininha frágil, magrinha, 1kg, sua estatura de 37 centímetros, para mim, não teria a menor chance de viver,
Como ela precisaria de ficar 3 meses na incubadora para ganhar peso, fiquei a espreita, e em um descuido de sua médica, o banho de luz aumentou muito acima do normal, atingindo os olhos da pequena, por isso a deficiência visual,
Chegou o dia da auta, o dia em que a mãe levaria sua filha imperfeita para casa, fiquei com um pouco de pena e ao mesmo tempo prazer, de ver a cara de chocados, incapazes e impotentes que os pais fizeram ao saber da notícia,
Passaram pela luta de irem para a Unicamp, tentar uma cura para a visão de Sara, mas, sem sucesso, até que decidi por um tempo dar uma trégua, deixar eles mais a vontade, seguindo com a vida,
E hoje, quando me preparava para minha aula e me surpreendi, minha vontade de brincar voltou. E sara e Helena irão conhecer a verdadeira Léia,
Conquisto o meu Roger, ou não me chamo Léia Bitencourt.

O único caminho.Where stories live. Discover now