capítulo 24

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Capítulo 24.
Semanas e meses se passaram, e sempre a mesma rotina,
Saía ou dormia aos finais de semana na casa de Rebeca, fazia minhas aulas de teclado, a turma do coral da igreja que eu e minha mãe costumávamos ir aos domingos me convidou para participar com mais afinco das missas, onde tocava teclado, ou as vezes arriscava a cantar, porém dessa última não gostava, pois como disse nos capítulos anteriores, minha voz é de criança, fico muito nervosa, e também o regente do coral costuma ser perfeccionista, bateu o desânimo e com isso saí.
Abriu chegou e meus pais me presentearam com uma festa de 15 anos, amei, foi tudo lindo, todas as minhas amigas foram convidadas, nos divertimos para valer.
No dia seguinte começava tudo novamente, escola, trabalho de meu pai, afazeres da minha mãe em casa, pesadelos sem sentido, e, por falar em escola, Tainá realmente sumiu, a professora Léia mesmo doente, continua dando aula, ainda tem um pé de guerra comigo, porém um pouco maleável, só conversamos o necessário, auguma dúvida sobre a aula, mas ela ainda não me engana, não acredito em sua maleavilidade, tenho comigo que é só questão de tempo para aprontar.
Lembro que estava caminhando por um lugar estranho, todo cheio de buracos, até que de repente, veio em minha direção um grande cão, de início, ele parecia dócil, chegou até me lamber quando me abaixei para fazer carinho em sua cabeça, porém, nossos olhares se encontraram, e quando isso aconteceu, sua expressão mudou, de manso ele se tornou feroz, tentou ir para cima de mim e assim me atacar, e ao me levantar para fugir, li a frase escrita em sua coleira,
"Se conseguir, corra enquanto é tempo, mas se não, bem-vinda ao inferno, o lugar onde você e seus pais merecem ir". Não pensei duas vezes, corri como nunca havia corrido em minha vida, meus pés doiam, as pernas cansavam, porém, não podia parar, o caminho parecia sem fim, até que havia uma armadilha, tropecei em uma pedra e como não aguentei com o peso do meu corpo, caí, porém não parecia ser o chão, mas sim um grande abismo.
Acordei aos prantos, gritando meus pais não, e eles vieram correndo para tentar me acalmar, estava tão apavorada que uma grande náusea me atingiu, minha mãe já se encontrava com a água na mão, para esses casos ou todos, ela é bem prevenida,
Custou, mas consegui me acalmar, e já era a hora de me preparar para ir a escola,
Mas a terrível sensação não me abandonava, de que aquela seria a última vez que veria meus pais.

O único caminho.Where stories live. Discover now