capítulo 17

5 4 2
                                    

Capítulo 17.
Ao chegar da escola, me preparava para almoçar e estava muito feliz, pois a professora não implicou e a lição estava em ordem. Comentava isso com meus pais, mas ainda eu não tirava o fato que ela estava boazinha demais e que com isso estava tramando algo, porém, acharam que não, ela não seria boba de fazer algo que pudesse me comprometer ao ponto de deixar suspeitas, ainda mais na escola, em que eu estou rodeada de amigos,
Mais ainda assim, é por isso mesmo que não engolia essa, se ela foi capaz de somente inventar a morte da mãe dela para impressionar meu pai, nem gosto de pensar o que ela poderá fazer como vingança comigo e minha mãe.
Deixei esses pensamentos de lado e pude comer tranquilamente, ouvindo meus pais conversando amenidades e até riram um pouco, minha alegria aumentou, pois fazia bastante tempo que não ficavam assim. Depois de comer e ajudar minha mãe a arrumar a cozinha, fui para o quarto a tempo de ouvir meu celular tocar, atendi ouvindo a voz da Alexia, ela disse,
"Oi Sara, a paz, boa tarde, tudo bem?"
Devolvi o comprimento e respondi que também estava bem, ela continuou,
"Precisamos conversar sobre aquele assunto, mas também precisamos nos certificar de que ninguém poderá nos ouvir, nem interromper, pois é muito longo e sério",
Meu coração acelerou e perguntei,
"Ok, aonde e quando?"
Ela disse,
"Se você puder, se seus pais deixarem, pode ser agora, posso te buscar e vai ser aqui em casa,
Mas diga a eles que eu e a Vivi queremos ter sua companhia, para assistirmos um filme, sei lá,
Mas de maneira nenhuma podem saber sobre o que iremos falar entendeu?",
Disse que sim e que dependendo, também teria muito o que contar a elas também,
E assim ficou combinado, meus pais deixaram, até amaram a ideia que eu iria me divertir com minhas amigas, e em seguida, Vivi chegou toda eufórica e sorridente.
Após nossa chegada, trancaram tudo e desligaram seus celulares, achei tudo isso muito estranho mas nada perguntei,
Subimos ao quarto das meninas e a conversa começou..
Ao sentar em uma poltrona que Vivi me direcionou, ela mesma me deu fones de ouvido e um gravador, e pude ouvir o seguinte diálogo.
"Oi professora, a senhora me chamou?",
Perguntou uma voz e opa, espera, conheço ela,
"Para de formalidades comigo Tainá, você é minha irmã esqueceu?,
Só falei pra me chamar de professora, para que ninguém desconfie,
E você sabe que está aqui para cumprir o trabalho que foi incumbida, e não como aluna",
Pensei novamente, sabia que ela estava aprontando, mas continuei ouvindo,
"A, é mesmo, me acostumei tanto com aqueles crentinhos, que havia esquecido, mas manda aí,
É aquela família de novo?
Léia! O que ganha se vingando? O homem não te ama, e também, você já está envelhecendo, e gastando sua vida perdendo tempo com isso, já não chega a doença",
"Opa opa opa! Calma aí, eu não vou fazer muita coisa,
Você sim, vai, porque se não já sabe o que acontecerá,
E não precisa lembrar da minha maldição,
Esse câncer está sugando minhas forças, mas prometi a mim mesma, que não morrerei em paz, enquanto não ver aquela família pagar o que me deve,
Se eu não posso ter o Roger, as duas também não terão,
Já preparei tudo, some por um tempo, vou me fingir de boazinha para a pirralhinha exemplar, e quando chegar a hora, darei um sinal",
E assim termina o diálogo. Tirei os fones e o gravador quase ia escorregando do meu colo, se não fosse a Alexia pegar, e só deu tempo de perguntar, já tremendo e soluçando,
"Como conseguiram isso?"
Porque não ouvi a resposta, só senti que estava caindo em algo macio.

O único caminho.Where stories live. Discover now