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Samuel estava deitado, olhando para fora da janela, ainda pensando no que havia acontecido mais cedo. Ele estava pensando como devia passar a noite no quarto da solidão, um lugar escuro onde você não vê e escuta nada.
"Eu enlouqueceria". Disse ele em pensamento.
Samuel estava quase dormindo quando a porta do quarto abriu sozinha. Ele rapidamente fechou os olhos e tentou fingir, ao máximo, que estava dormindo. Parecia que ele havia levado um choque do susto tão grande que ele pegou.
Aos poucos, Samuel percebeu que não ouviu passos, ou seja, ninguém havia entrado ainda ou estava observando ele e seus amigos.
Ele resolveu abrir aos poucos os olhos e viu que na verdade não havia ninguém na porta ou dentro do quarto. A porta estava aberta, mostrando as cortinas se movimento loucamente com a janela, obviamente, aberta, com aquela silhueta feminina que Samuel já tinha certeza quem era. Afinal, quem mais poderia ser?
Ele se levantou de sua cama e andou até a porta, logo em seguida, a fechou e andou em direção a Carla.
De cara, Samuel percebeu que Carla não estava com uma cara muito boa, parecia abalada com alguma coisa, o olhar estava tenso.
- Oi. - Disse Samuel.
- Oi.
Samuel sentiu um arrepio da cabeça aos pés, ele sabia que aquilo não era um bom sinal.
- Você gostou mesmo da história de Fernando, hein, Samuel?!
- Ah, sim.
- Estamos quase chegando no fim dela.
- Nossa, sério?
- Sim. E o final é esplêndido. Hoje eu vou contar pra você a penúltima parte da história.
- Ok. Estou muito ansioso.
- Imagino. Onde nós paramos, mesmo?
Samuel pensou um pouco. Ele disse o seguinte quando se lembrou:
- Na parte em que Fernando ficava muito mal porque não tinha conseguido falar pela mulher que ele havia se apaixonado.
Carla fez uma expressão que parecia de lembrança e, logo em seguida, olhou para Samuel:
- Ah, sim. Vamos lá.

A Mulher Atrás da CortinaWhere stories live. Discover now