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Samuel acordou horas depois. Ele estava um pouco suado e com muita fome, fazia horas que ele não comia.
Ele deduziu que fosse de noite, não tinha certeza era apenas uma intuição, mas não estava errada.
Samuel se levantou e começou a andar pelo quarto, era tão escuro que não conseguia ver absolutamente nada.
Nesse momento, ele agradeceu ao universo por não ter medo de escuro, porque se não, já teria morrido do coração.
Sua barriga começou a roncar, ele não havia parado para perceber que estava com fome e sede.
Era muito humilhante pra ele estar ali, ele que sempre foi um bom menino, quase nunca aprontava e sempre alegrava seus irmãos de coração, acabou indo pra um dos lugares do orfanato que mais tinha medo de ir: o canto da solidão.
Ele estava bastante aborrecido com tudo isso, então do que adianta ser uma boa pessoa se as pessoas só vêem o seu lado ruim, ou esperam você fazer algo de errado, pra na primeira oportunidade, te julgar. Isso não é justo.

Samuel se sentou novamente, ele estava querendo chorar de novo, mas seu choro foi interrompido por um barulho estranho do outro lado da porta. Será que finalmente ele ia embora dali?

A Mulher Atrás da CortinaWhere stories live. Discover now