O Sacrifício da Cerejeira

Capítulo 15

Sasuke tinha claramente se animado com a ideia de matar Ukari, tanto que ele se ofereceu diversas vezes para fazê-lo.

Sei que Ukari quer matá-lo, mas não sabia que Sasuke tinha tanto essa vontade de fazer isso com ele também.

Os dois se odiavam por mais motivos além da morte de Orochimaru?

O Uchiha foi realmente muito insistente, mas eu não o permiti, eu teria que fazer isso.

Eu comecei, eu acabo.

Suigetsu e Jugo estavam arrumando suas coisas para irmos logo depois que eu acabar aqui.

Quando estávamos para acabar nossa conversa, Karin chegou. A mulher, por mais que não tenha gostado da ideia, ela concordou em ajudar, mesmo eu achando que foi só pelo Sasuke.

A ruiva aproveitou sua volta e me devolveu minhas coisas, que graças a Kami, ela não tinha usado tanto.

- Ele está aqui. – Sasuke sussurrou, colocando a chave na fechadura. – Vamos.

O moreno ia dar mais um passo, mas eu segurei seu braço.

- Fique aqui. – Falei séria.

Eu quero conversar antes com Ukari e só deus sabe o que ele pode falar, o homem pode facilmente entregar meus planos para o Uchiha.

- Não, você não vai entrar lá sozinha. – Ele fechou sua cara.

Mordi o interior da minha boca, me irritando com esse comportamento.

- Sim, eu vou.

Ele me olhou ofendido.

- Não, não vai. – Eu ia retrucá-lo, mas ele foi mais rápido. – Sakura, estou aqui para te proteger, deixe eu fazer meu trabalho.

Eu olhei bem no fundo de seus olhos, irritada com isso.

- Obrigada pela preocupação, Sasuke, mas eu vou entrar sozinha. – Foi minha vez de cortá-lo. – Preciso tratar de assuntos antes com ele e você não pode ouvir.

A mandíbula de Sasuke travou completamente, seu olhar ficou mais profundo, mais sombrio.

Ele suspirou forte e olhou para o teto por alguns segundos.

- Ok, mas se eu sentir que algo está estranho ou se você demorar demais, eu vou invadir essa cela e matar esse imbecil. – Eu ri da sua fala, achando, de certa forma, fofinho isso.

O Uchiha resmungou algo, mas abriu a cela.

- Que pombinhos fofinhos. – Ukari falou com a voz forçada, assim que a porta foi aberta. – Até me deu vontade de vomitar.

Dei um longo suspiro, sabendo que teria que enfrentar um deboche insuportável e uma risada assustadora agora.

Entrei pela porta sombria. Sasuke pareceu hesitar, mas eu o dei um olhar significativo.

O homem deu um último suspiro antes de fechar a porta e nos deixar em um breu.

Lentamente, eu juntei um pouco de chakra na minha mão, o suficiente para uma luz esverdeada ser criada. Não era a lanterna mais eficiente do mundo, mas me permitia ver o rosto do sujeito.

Andei em passos lentos até Ukari.

- Olá. – Falei com um sorriso no rosto. – Como está se sentindo?

- Maravilhosamente, bem. – Ele disse com aquele sorriso cínico e voz derramando deboche.

Sorri igual ele.

- Que bom que esteja gostando da hospedagem.

Sua cara contraiu de ódio, eu ignorei.

Ukari me olhou de cima abaixo, provavelmente tentando localizar os meus machucados, mas ele não encontrou nada.