Capítulo 30

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Como sempre, o esconderijo de Orochimaru é assustador.

Levamos horas – sem descanso – para chegar aqui, e mesmo com ele sedo tenebroso, estou aliviada de ter conseguido chegar.

Bem, pelo menos temos um lugar para passar a noite.

- Os quartos são para os fundos. – Karin falou, observando a minha aproximação com Sasuke.

O Uchiha realmente não havia se afastado de mim em nenhum momento, como se ele precisasse estar ao meu lado.

E eu não vou mentir, eu sinto exatamente isso.

Sinto que se ele se afastar, algo ruim vai acontecer. Sinto que preciso dele ao meu lado. Sinto a tristeza dele e quero abraçá-lo, mas também tenho medo de como ele me receberia.

Olhei de canto para o moreno.

Para outros ele poderia estrar inexpressivo, mas eu o conheço. Esses olhos, para mim, refletem uma luta interna trágica.

Percebendo meu olhar, ele se virou para mim.

Assustada por ter sido pega no flagra, virei meu rosto com tudo para Karin.

- Nos mostre o caminho. – Pedi, sentindo Sasuke se aproximar mais de mim.

Ela assentiu.

A ruiva nos guiou e me mostrou onde seria meu quarto.

Eu fui ao caminho indicado e Sasuke me seguiu.

- Não precisa me acompanhar, Sasuke. – Disse após sairmos de perto dos outros.

Senti seus olhos em mim, mas eu não tive coragem de olhá-lo.

Sinto como seu eu o tivesse traído.

Sei que foi o certo ter ido com Itachi, mas também sei que sua cabeça deve estar uma confusão e eu sou a culpada.

- Estou indo para o meu quarto.

Ah.

É claro, ele está indo apenas para o seu quarto.

Eu não havia ouvido Karin auxiliá-lo, mas tenho certeza de que ele conhece o lugar, aliás foi pupilo de Orochimaru.

Por que ele me acompanharia? Eu sou muito idiota mesmo.

Escondi meu rosto, envergonhada com a situação.

Virei ao corredor a esquerda, como Karin havia dito para eu fazer. Sasuke também foi.

Agora a presença dele estava me deixando constrangida, tudo culpa da minha burrice.

Sakura, ele não te ama, ele só tinha curiosidade sobre a sua missão.

"Mas por que ele teria sentido sua falta daquela forma?"

Escutei aquela voz irritante falar.

Não sei, talvez ele só quisesse algo.

Talvez eu não conheça tão bem o Uchiha, não como eu pensava.

Eu olhei a porta cobalto, exatamente onde Karin havia falado.

Quero me deitar e morrer.

Fui abrir a porta, quando Sasuke foi mais rápido.

Apenas o observei, sem entender o que ele estava fazendo.

- Sasuke? – O chamei, olhando-o entrar no que deveria ser meu quarto.

Eu errei a porta? Karin me guiou errado?

Ele se virou para mim e me olhou parada, uma sobrancelha dele subiu em dúvida.

- Não vai entrar? - Sem saber ao certo o que fazer, fiquei parada. – Vamos. – Ele falou novamente.

Assenti rápido, tentando entender a situação.

Assim que entrei, Sasuke fechou a porta.

- Você não vai para o seu quarto? – A pergunta saiu rápida.

Ele havia dito que não estava me acompanhando, então por que está aqui?

- Já estou nele. – Falou, arrumando a cama, que estava estranhamente limpa.

Olhei Sasuke puxar o cobertor e arrumar de uma forma confortável.

- Acho que deve ter roupas no armário, mas só masculinas. Por hoje deve servir. – Eu realmente precisava de roupas, considerando que maioria das minhas estavam podres. – Amanhã mandarei Karin preparar mais roupas para você.

Ele parecia ter familiaridade com o local.

- Já ficou neste esconderijo?

Ele assentiu.

- Por um tempo, quando Konoha quase chegou perto de nos achar, então viemos para cá. – Senti um pesar no meu coração. – Vou pegar as roupas, tem um banheiro ao lado.

Eu não fui, eu apenas fiquei parada.

- Aqui é o seu quarto. – Não foi uma pergunta, mas ele paralisou mesmo assim.

Aos poucos sua cabeça virou para mim.

- Era.

Era, no passado.

Olhei em volta, me sentindo deslocada.

- Acho que Karin me mandou para o lugar errado, desculpe. – Falei, entendendo que a ruiva apenas se enganou.

Estava me virando, quando sua voz veio a tona.

- Não, ela te mandou para o lugar certo. – Me virei para ele, sem entender. – Você vai dormir comigo.

Meu rosto começou a ferver com a sentença.

Como que é?

Vendo meu rosto, ele falou:

- Eu preciso ter certeza, Sakura. – Ele travou e seu rosto estava sombrio. – Preciso ter certeza de que ninguém te machucará, de que eu conseguirei te proteger dessa vez.

Meu coração acelerou e eu senti meu rosto inteiro corar.

- Por quê? – Foi a única coisa que consegui dizer.

Ele me olhou com aquelas obsidianas profundas e que faziam meu coração acelerar mais ainda.

Em nenhum momento o seu olhar se desfez do meu, inclusive quando sua voz rouca se pronunciou.

- Eu já disse, porque você é minha única preocupação. 


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Primeiramente, desculpem pelo capítulo curto, é que eu não tive muito tempo para fazer. E também me perdoem pelos errinhos, eu ainda não tive tempo de revisar. Prometo que assim que tiver, farei uma revisão. 

Bem, é isso, pessoal. Por favor, não esqueçam de votar, me ajuda muito. 

Até o próximo capítulo. 

S2

O Sacrifício da CerejeiraWhere stories live. Discover now