Capítulo 38

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SASUKE NARRANDO

Ela estava enrolada no meu corpo e eu não poderia não me sentir a pessoa mais feliz do mundo.

Sakura, a mulher mais doce e maravilhosa do mundo, estava enrolada em mim. Com suas pequenas mãos no meu peito e suas lindas pernas embaralhadas com as minhas, ela me fazia o homem mais feliz que já existiu. 

Nunca na minha vida achei que poderia existir algo assim, que alguém poderia me fazer ficar tão feliz, pelo menos não depois da morte da minha família.

Sakura me deu algo que eu seria eternamente grato, felicidade.

Desde a primeira vez que a vi o meu interior se agitou na presença dela. Todos os anos no mesmo time, uma parte de mim lutava para protegê-la e querer que ela estivesse do meu lado, mesmo meu outro lado vingador implorando para eu esquecê-la.

E mesmo quando me rebelei contra a folha, uma parte de mim ansiava por ela. Uma parte de mim lembrava dela em todos meus treinamentos, pensando o que ela acharia se me visse forte. Uma parte de mim queria ela ali para curar meus machucados.

Uma parte de mim sempre soube que eu voltaria para ela, mesmo eu tentando negar todos os dias.

E quando eu li aquilo no jornal ninja... eu senti uma parte minha ir embora, eu senti que poderia morrer.

Porque Sakura, em todos esses anos, sempre foi minha única luz.

Observei seu rosto cansado dormindo no meu peito, aconchegada em mim.

Pela primeira vez em dias, ela estava calma. E céus, só Kami-sama sabe o que faria para ver essa mulher tranquila, para vê-la relaxada.

Acariciei suas madeixas rosadas, sentindo o cheiro forte de cerejeira subir.

Perfeita. Ela é perfeita.

Sakura, aos poucos, foi abrindo seus olhos. Mesmo no escuro do nosso quarto, eu conseguia ver aquelas esmeraldas cintilantes que eu sempre fui obcecado.

- Oi. – Sua voz era baixa e um pouco rouca, encantadora como sempre.

Sakura era como uma sereia, um simples olhar, uma simples frase, me encantaria. Me encantaria a ponto de eu fazer atrocidades por ela.

E eu faria, faria de tudo por essa mulher.

- Bom dia. – Sussurrei de volta, beijando os seus lábios carnudos.

Sakura se aproximou mais de mim, me abraçando e escondendo sua cabeça no vão do meu pescoço.

Céus, eu não poderia ser mais feliz.

Enrolei mais ainda meus braços nela, deixando-nos colados.

Sakura ficou passeando sua mão pelas minhas costas, trazendo arrepios em cada caricia que ela fazia.

Quando pequeno, eu gostava de abraços, mas após a morte do meu clã, qualquer toque físico me deixava enojado, eu detestava.

Menos quando era ela.

Eu nunca entendi isso muito bem, mas eu sabia que se a Sakura me abraçasse não seria ruim, seria agradável, por isso nunca a afastei, diferente de outras que se atacavam em mim.

Mesmo após eu ir embora com Orochimaru, eu sentia falta de seus abraços, mas tive que aprender a esquecer como era relaxante ter seus braços em volta de mim, ou como me acalmava o seu cheiro quando eu estava envolto dela.

E agora, tê-la assim, é a melhor coisa do mundo.

Poder senti-la, poder ter ela para mim.

Porque Sakura é minha e ela sempre soube disso, igualmente sempre soube que eu sou dela e sempre seria. Porque estamos destinados a estar juntos.

O Sacrifício da CerejeiraWhere stories live. Discover now