Capítulo 35

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SAKURA NARRANDO

Quando eu acordei, ele não estava do meu lado.

O quarto sem ele parecia muito mais vazio, solitário.

Olhei em volta, tentando detectar aonde Sasuke deveria ter ido. Ele não estava no banheiro, não sentia seu chakra, mas tinha outro chakra no quarto.

Sem entender, olhei para o amontoado ao meu lado.

Uma cobra mediana estava enrolada na minha cama, perto de mim.

Por mais estranho que seja, eu não me assustei. Eu sentia de quem é essa cobra.

Como um imã, minha mão se levou para ela, acariciando a cabeça da cobra.

Ao perceber que eu estava acordada, a mesma também abriu os olhos.

Ela me olhava com curiosidade, só consegui sorrir para mesma.

Eu nunca fui muito fã de cobras, mas eu nunca poderia odiar qualquer coisa vinda de Sasuke.

Eu só conseguia amar esse bichinho, que com certeza não é nada indefeso.

E por mais que eu estivesse bem confortável nessa cama, fazendo carinho nesse animal de Sasuke, eu queria saber aonde estava seu dono.

Me levantei da cama, passando rapidamente no banheiro antes de ir a procura de Sasuke.

Usei meu chakra para rastrear o homem, o qual estava em uma sala próxima de mim.

Entrei em silêncio, não querendo incomodar o que seja que ele esteja fazendo lá.

Assim que entrei, senti meu coração apertar com a cena.

Sasuke com a cabeça caída na mesa, claramente exausto.

Essa missão está nos destruindo.

Andei devagar até lá, com medo de acordá-lo.

Sasuke estava deitando em cima de um pergaminho, o qual eu conseguia imaginar qual era.

O que você escondeu dele, Itachi?

Não querendo ser invasiva, não olhei por muito tempo para o documento. Evitando o pergaminho, me concentrei completamente em Sasuke.

Passei a mão pelas mechas de cabelo dele, apreciando sua beleza assustadora.

- Sasuke. – Chamei baixinho.

Ele não me respondeu, mas eu continuei acariciando seu cabelo.

Me abaixei na altura dos seus olhos.

- Sasuke. – Chamei novamente, só um pouco mais alto.

Ele soltou um resmungo baixo, virando a cabeça para o lado.

Um sorriso se formou no meu rosto, achando essa a cena mais fofa do mundo.

Aproximei minha boca da orelha do Sasuke e falando bem baixo, mas sabendo que ele escutaria, falei:

- Sasuke, vamos para cama.

Eu não vi seus olhos abrindo, mas senti quando seu chakra ficou agitado.

Aos poucos o moreno foi virando a cabeça, ele tinha os olhos muito abertos agora.

Ele apenas me observava – analisava -, não falava nada.

- Vá deitar, Sasuke, ainda tem tempo para você descansar.

Deveria ser umas cinco da manhã, ele poderia descansar, ele claramente já tinha trabalhado bastante de noite.

O Sacrifício da CerejeiraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora