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Possíveis gatilhos: insegurança, baixa autoestima, crise;

Um gosto completamente amargo se faz presente em minha boca.

Eu odiava me sentir dessa forma, eu odiava ser dessa forma! A um bom tempo esse sentimento não me invadia, tentei fugir, mas fui pega. A insegurança com meu corpo se fez presente mais uma vez em minha vida.

Droga, eu odiava esse sentimento. Mas com certeza, odiava meu corpo ainda mais. Eu sentia vontade de soca-lo por inteiro. Se eu tivesse como, com certeza o remodelaria.

Por que eu não era bonita como as outras garotas? Eu juro que mataria alguém só para me sentir satisfeita com meu corpo.

Eu sempre queria comer mais e mais dessa torta, e nunca conseguia me sentir satisfeita. Mesmo meu estômago estando cheio, eu ainda precisava de mais, precisava mudar mais. E por mais que o cheiro me deixasse enjoada, eu continuava comendo.

Caramba, se não fosse por conta dessa torta de cereja, com certeza eu não estaria agora em frente ao espelho, desejando ser um alguém diferente. Por favor, Deus, é pedir demais ser um alguém bonito? Ou minimamente bom visualmente.

O choro se fez presente logo em seguida, inundando toda a torta. Mas mesmo assim, eu não conseguia parar de come-la, por mais que me fizesse mal.

Por que isso teve que acontecer logo agora? Logo quando eu estava me alimentando minimamente bem. Céus, eu não pulava uma refeição a dias.

Eu me sentia tão horrenda e monstruosa. Não era possível alguém me amar dessa forma, e se alguém me amasse, eu com certeza o chamaria de insano.

Droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga.

Droga, eu realmente me odiava mais que tudo.

Graças ao universo, ou qualquer tipo de merda na qual você acredite, meu celular começa a tocar de modo incessante. Isso me livrou de meu surto, pelo menos um pouco. Eu pensei em recusar a chamada, mas ao ler o nome na tela eu rapidamente atendo.

- Shou-chan?

- Ta tudo bem com você?- Ele diz com a voz grossa, provavelmente havia acabado de acordar.

- Sim.

- Tem certeza? Eu to escutando um choro alto vindo da sua caza, fiquei preocupado e pensei em te ligar.

- Tenho.- Digo por fim, desligando em seguida.

Rapidamente a culpa me invade. Eu não deveria ter sido tão grossa com Hinata, mas agora era um momento no qual eu não queria falar com ele. Eu não quero ele vendo esse meu lado. Meu lado quebrado e totalmente devastado. Ele não merecia a destruição que eu era. Eu me sentia como um buraco negro, não tinha direito algum de engolir a luz imensa na qual Hinata era.

Crush- Hinata ShoyoWhere stories live. Discover now