Crush- Hinata Shoyo

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- Pare de me alisar!- O ruivo afasta a minha mão, fazendo uma cara emburrada.

- Seu cabelo está todo bagunçando, viu o que que dá deixar a janela do carro aberta?- Eu volto a colocar meus dedos em seus fios alaranjados, sorrindo por conta de sua relutância.- Você fica animadinho comigo arrumando seu cabelo?

- Para de falar besteira!- Ele tampa minha boca, ficando totalmente costrangido.

- Certo, certo.- Dou um leve riso, terminando de ajeita-lo.

Minhas mãos descem até seu peitoral, coberto pela roupa. Eu o arranho suavemente, lhe lançando um olhar sugestivo.

- Meu Deus...- O rapaz gagueja ao falar.- Você acha que sou uma máquina de sexo? Se aquieta!

Sou puxada por ele até a entrada. Nós caminhos de mãos dadas até a sala de jantar, um tanto quanto atrasados. Ao entrar no cômodo, os olhares se voltam a nós.

- Atrasada.- Meu pai fala sério.

- De praxe, papai.- Eu sorrio com sarcasmo, o fazendo sorrir do mesmo jeito.

Nos sentamos junto a mesa. Por conta de nosso atraso, Hinata não pode cumprimentar de maneira certa a minha família, apenas com alguns acenos de cabeça.

- Certo. Agora que todos estamos aqui.- O mais velho me lança um olhar.- Podemos começar o jantar.

Ao olhar para o outro lado da mesa, vejo Oliver, ele me dá um aceno animado, sorrindo em seguida. Eu faço o mesmo, mandando um beijo no ar para o garotinho.

- Que indecente, mandando beijos no ar para outro rapaz enquanto estou ao seu lado.- Hinata murmura em meu ouvido.

- Desculpe, mas ele é tão gatinho.- Respondo ao mesmo tom.

Encaramos o pequeno, que tinha uma expressão confusa no rosto. Em consequência, começamos a rir, recebendo mais uma vez olhares em nós.

- Desculpa.- Falo ao tentar me recompor, abaixando a cabeça.

Assim que os pratos chegaram, uma conversa incessante se alastrou na mesma. Meus pais conversavam sobre a economia de algum país, juntamente de Peter e Madelyn. O bebê dormia em um berço improvisado ao lado da mesa, Oliver comia focadamente e Leoni mexia no próprio celular, sem dar muita atenção a tudo que estava em sua volta, pareceu nem ter percebido eu ou o ruivo chegar.

Hinata estava quieto, mastigando a comida. Eu aproximei minha mão cuidadosamente de seu braço, lhe dando um beliscão. O mesmo pulou de susto, fazendo um barulhão.

De novo, todos nos olhavam.

Uma crise de riso tomou conta de mim, me fazendo gargalhar alto. Irritado, ele segurou minha nuca, empurrando contra a mesa, me fazendo cair de cara no prato. Meu rosto se sujou por inteiro, eu me levantei com uma expressão nada amigável.

- Isso não foi justo!

O ruivo apenas me ignora, continuando a comer. Eu tento fazer o mesmo com ele, mas sem sucesso, acabo caindo em uma crise de cócegas feitas por ele.

- Você acha certo tratar minha filha assim?- Meu pai fala nos chamando a atenção.

- Ele deve achar, pois parece não estar se incomodando.- Eu lanço um olhar bravo para ele, limpando meu rosto.

- Apenas trato ela como sou tratado...- O ruivo faz uma cara triste, fingindo ser puro e sincero.

- Ridículo!- Eu dou um soco forte em seu ombro.

Novamente sou ignorada.

Com o tempo, todos terminaram de jantar. Fomos convidados a ir até a sala de estar, para conversamos ou apenas descansar.