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Encontrar o seu vizinho de porta no elevador pode trazer uma grande reviravolta em sua vida. Como nunca tinha percebido toda aquela cabeleira ruiva que morava ao lado de seu apartamento?
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⚠️Não permito adaptaç...
Em seguida, fecho a porta do apartamento, trancando-a. O dia de minha partida finalmente tinha chegado. O clima estava todo melancólico, e para ajudar, ainda chovia muito. O frio era extremamente cortante, era necessário no mínimo duas blusas para sair ao lado de fora.
Arrasto todas as malas até o elevador, descendo até o estacionamento em seguida. Eu e Yachi fomos até o carro de Hinata, que rapidamente nos ajudou a guardar tudo no veículo. Eu sentei no banco do passageiro, Yachi e Atsumu, que estava ali de intrometido, se sentaram no de trás, e Hinata, no do motorista. O percurso todo foi em um completo silêncio, no qual nenhum de nós quatro se deu o trabalho de quebrar.
Já no aeroporto, fui acompanhada pelos três. Depois de despachar as malas, a parte mais difícil havia chegado, me despedir.
- Até logo, Yachi.- Eu abraço a garota que já se derramava em lágrimas.
- Se alimente bem, ouviu? Não esqueça de sair bem agasalhada, Nova Iorque é muito fria. Não se esqueça de me mandar mensagem todos os dias.- Ela cospe as palavras de modo rápido, soluçando por conta do choro.
- Eu vou.- Lhe dou um sorriso reconfortante.
Me afasto dela, indo até o loiro, o envolvendo também em um abraço logo em seguida.
- Se cuide, chatinho.- Falo num Tom sarcástico.
- Pode deixar, gatinha.- Ele sorri largo.
Me afasto, indo até Hinata. Ele tinha um semblante triste, o que cortou meu coração. Rapidamente colo nossos corpos, sentindo seus braços me apartarem cada vez mais contra seu corpo. Eu podia escutar seu coração bater de modo acelerado, era nítido a ansiedade que o consumia aos poucos. Sem palavra alguma, nos afastamos, sorrindo de modo sofrido um ao outro. Céus, eu cancelaria agora se ele me pedisse para ficar, mas como ele não era alguém egoísta, não faria isso.
Aos poucos caminho até a parte de embarque, acenando levemente para os três. De repente, volto correndo até eles, que me encaram de modo confuso.
- Mais uma coisa, Shou-chan.- Gaguejo ao falar.- Eu te amo!
Corro feito uma boba por todo o aeroporto, sem ao menos olhar pra trás. Todos me olhavam de modo confuso, não entendiam por qual motivo eu corria daquele jeito. Eu precisava, eu realmente precisava. Se eu andasse, desistiria no meio do caminho. Eu precisava abrir mão de minha felicidade, pelo menos por um tempo, apenas para curar esse versão minha quebrada. Essa versão minha que era uma criança triste, chorosa, que implorava que alguém a amasse. Eu precisava mudar para poder me entregar inteiramente a ele, e poder ser tão recíproca quanto ele era.
Num piscar de olhos e eu já estava dentro do avião, decolando até a cidade que nunca dormia. Por toda a viagem minhas pernas balançavam ansiosamente, meus dedos já haviam sido estrelado incontáveis vezes. Era impossível de se pregar os olhos, eu sentia que havia tomado litros de alguma bebida que lhe deixava totalmente acordado.
Felizmente, faltando uma hora para minha chegada, eu consigo tirar um leve cochilo. Sinto que apenas dei uma leve piscada, não me sentia descansada o suficiente. Com os pés em terra, me apresso em pegar meu telefone, ligando para Hinata em seguida. Sem demorar muito sou atendida.
- Eu cheguei.- Falo baixo.
- [ Nome ]?- Ele fala com a voz sonolenta.- Desculpe, eu estava dormindo, aqui são três da manhã.
- Tudo bem, desculpe por ligar assim.
- Sem problemas, gatinha.
- Já sinto saudades do seu 'gatinha' a todo momento.
- Eu também estou com saudades de chamar você assim em todo e qualquer momento.
Eu corro meus olhos por todo o aeroporto, conversando de modo distraído com Shoyo. Andei até a entrada do lugar, parando bruscamente ao perceber a figura de minha mãe em frente a um carro preto.
- Eu to vendo ela.- Falo após segundos de silêncio.
- Como ela é?
- Tem o cabelo longo. Esta usando aquelas jaquetas grandes, na cor preta. Tem uma aparência bem...triste.
- Vá falar com ela.
- Acho que não consigo.
- Eu fico com você no telefone, fique tranquila.
- Eu realmente não te mereço, Shou-chan.- Sorrio de maneira boba.
Em passos calmos eu vou até a mais velha. Quando fui percebida por ela, rapidamente sua expressão muda, um sorriso gentil se desenha em seus lábios.
- Oi.- Ela fala meio tímida.
- Oi, mãe.- Eu sorrio da mesma forma, abraçando ela em seguida.
Ficamos longos segundos em silêncio, apenas sentindo o calor uma da outra. Hinata pareceu perceber o que acontecia, então apenas ficou em silêncio. Depois de um tempo ela se afasta, me segurando pelos ombros. Seus olhos passavam por cada milímetro de meu rosto, parecia estar tentando memorizar minhas características em sua mente.
- Você está linda.- Pude ver seus olhos se encherem de lágrimas.
Ela rapidamente me abraça novamente, chorando baixinho perto de meu ouvido. Não consigo me aguentar, então começo a chorar como ela. Ficamos longos minutos assim, chorando abraçadas, ela se desculpava em todo momento, me dizendo como eu sempre fui e sempre serei sua garotinha. Eu me sentia de coração quentinho e muito amada, por uma segunda vez.
Assim que nos afastamos, desbloqueio meu celular, mudando a ligação para uma de vídeo. Eu afasto o celular, a puxando para meu lado.
- De oi, Shou-chan.- Eu digo.
Ele sorri gentil, balançando a mão em seguida.
- Seu namorado?- Ela pergunta com as sobrancelhas arqueadas.
Minhas bochechas se coram no mesmo instante. Hinata arregala os olhos em resposta, rindo de nervoso em seguida.
- Ele é meu melhor amigo! Hinata Shoyo, te falei um pouco dele.- Falo de modo envergonhado.
- Oh! É mesmo, me desculpe.- Ela ri.- Prazer em te conhecer rapaz, sou a mãe da [ Nome ].
Eles conversam por um tempo, mas Hinata precisava dormir mais um pouco para treinar mais tarde, então acabou desligando. Nós entramos no carro, dirigindo até a casa da mais velha. A viagem foi meio longa, mas logo já estávamos estacionando em frente de sua garagem.
- Bem vinda, querida.- Minha mãe diz sorrindo.
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