Capítulo 12 - O Começo do Fim

502 52 128
                                    

Voltei!!

Como estão, meus amores? Espero que bem. Eu estou bem felizinha com meu notebook de volta <3

Bem, vou deixar vocês com o capítulo de hoje.

Boa leitura!

~•~•~•~•~•~•~•~•~♪~•~•~•~•~•~•~•~•~•

In the night sky of May

Galaxies in your eyes, your lips on mine

Baby, you're just like Venus and

Baby, that's where the end starts

- Faixa 6 - The Begining of The End

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Celular na mesa, caderno no colo, cabeça jogada no encosto da cadeira, caneta na mão.

Silêncio.

Uma troca de olhares indecisa.

Uma morde o lábio de forma ansiosa, a outra começa a apertar a bolinha de borracha que trouxe na bolsa, por precaução.

Elas só tinham uma regra. Uma regra complicada, cheia de entrelinhas e letras miúdas, uma regra pesada e cheia de suas pequenas e grandes consequências.

Mas, ainda assim, uma única regra.

Mas o que tinha sobrado para se falar?

Depois de todas as cicatrizes reabertas, depois das lágrimas e do sangue, depois da tarde cinza em frente à um túmulo e depois da transa no carpete - quem é que Marceline queria enganar?

Ela já estava falando sobre isso.

A única coisa que ela parecia conseguir falar sobre era isso.

Só pensava nisso.

- Dia dezessete de maio de 2012.

- É sério, Marceline?

Bonnibel estava encarando de novo, a cabeça meio pendida para o lado, olhos quase fechados pela curvatura de suas sobrancelhas franzidas e uma mão se movendo em pleno sinal de confusão.

Marceline olhou para ela, respirou fundo, e dessa vez se deixou sorrir, deixou ela ver. Devia ser um inferno estar no lugar de Bonnibel e ter que lidar com ela, não é?

Completamente transtornada. Tinha feito a maior cena, tinha dito que estava proibido tocar no assunto. Tinha até mesmo chegado ao ponto de dizer uma ou outra palavra na intenção de humilhar, se colocar por cima.

Só para ter uns dois ou três ataques de raiva, perder para o próprio fetiche, ceder à própria fragilidade e voltar atrás em absolutamente tudo que disse.

Pobre Andrews, tentando a todo momento ler a situação, tentando mimicar o comportamento que um neurotípico teria nas mil situações que Marceline inventava. Procurando qualquer padrão de comportamento, qualquer espaço comum onde ela pudesse se colocar.

Céus, qualquer sinal de consistência.

Marceline nunca dava nenhum.

Não era de se estranhar que ela estivesse ficando com a pele ao redor das unhas completamente carcomida. Não havia meio saudável de autorregulação forte o suficiente para lidar com Marceline Abadeer.

- Sério, Bonnibel.

- Jesus, pelo menos eu vou ganhar o suficiente para pagar toda a terapia que você tá me forçando a precisar.

Depois da Meia-Noite (Bubbline AU)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora