Capítulo 18 - Sangue & Lágrimas Azuis

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Eu sei que demorei horrores!!! Abaixem as armas, okay?

Vocês vão me agradecer no futuro quando lerem a continuação de Agridoce, e vão me agradecer em dobro pelo início desse capítulo.

E talvez pelo final também

Aproveitem.

Boa leitura!
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Standing by myself on the departure lounge
I can it see now, I won't have you for long
You're half way to the future
My blood and tears painted in a blue tone

And that's all I'll have left once you're gone.

- Faixa 9 : Blood, Tears, Blue

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- Levante a cabeça.

Marceline levantou o rosto para ela, sem querer se desfazer do sorriso tímido que se abria no cantinho da boca, quase jurando não ser visto.

Sentiu o atrito intenso da mão se Bonnibel em sua bochecha, e não pode evitar quando o sorriso se espalhou pelo rosto todo.

- Peça desculpas, Marceline.

- Ou o quê, Bonnibel?

Bonnibel bufou, se aproximou mais e puxou os cabelos até que Marceline estivesse a encarando.

Ela permanecia no banco acolchoado em frente a cama, sentada sobre as próprias pernas, as mãos amarradas atrás das costas. Mas não era o bastante para fazê-la recuar.

- Eu não estou com muito saco pra você hoje, sabia? Peça desculpas.

- Não quero.

- Eu estou pouco me fodendo para o que você quer ou não.

- Que coincidência, porque eu também não estou muito preocupada com o que você quer.

- Ok, Marceline. Chega.

Bonnibel deu a volta nela e começou a trançar os longos cabelos de Marceline, que só mordeu a boca e fez o possível para não soltar uma risadinha vitoriosa.

Bonnibel terminou a trança e então puxou o cabelo dela de uma só vez, a obrigando a torcer as costas para trás até poder olhar para ela.

- Quer ser tratada como a vagabunda que é? Então, tá bom.

Soltou o cabelo de Marceline e caminhou até ao closet dela. Em pouquíssimo tempo, voltou com um cinto na mão.

- Como você achou isso tão rápido?

- Cala a boca, Abadeer - retrucou ela, segurando o rosto de Marceline com uma mão e então o empurrando para o lado com força. - Vire. Costas retas.

Dessa vez, ela só obedeceu. Joelhos no acolchoado, costas alinhadas, mãos apoiadas na base da bunda. Deixou o arrepio correr por suas costas quando Bonnibel gentilmente passou a trança por seu ombro, deixando suas costas expostas.

Ia ser o último ato gentil dela por um tempinho.

- Você lembra quantas vezes eu te liguei?

E é claro que ela sabia exatamente de que Bonnibel estava falando. E foi com alguma vergonha que ela percebeu que não, não lembrava. Talvez nunca tivesse sequer se atentado para isso naquela época.

Marceline permaneceu em silêncio.

- Quinze - disse Bonnibel, irritada ao perceber que ela não sabia responder. - Quinze malditas vezes, Marceline. E você vai contar.

Depois da Meia-Noite (Bubbline AU)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora