Capítulo 21 - Papai, Cadê Sua Dignidade?

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Olá, pessoas LGBT+ fãs de Hora de Aventura!

(Se você não é LGBT+ ou fã de HDA, não sei muito bem o que caralhos você tá fazendo aqui, mas olá pra você também!)

Deus, eu preciso de férias. Falta muito pra junho?? Eu preciso MESMO de férias.

Enfim, vamos para o capítulo.

Boa leitura!

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Bonnibel e Marceline guardariam uma estranha impressão daquele início de ano. Como se tivesse passado de forma lenta e torturante, mas rápido demais ao mesmo tempo. Quando as pequenas férias de final de ano acabaram, a rotina voltou ao normal com um novo tempero: havia um álbum e um livro que precisavam ser divulgados.

Assim, os dias passaram como água sob uma ponte; uma sucessão de reuniões, photoshoots, entrevistas e compromissos que não pareciam parar um único dia. Mas, ao mesmo tempo, o dia 25 de Fevereiro simplesmente nunca chegava, estendendo aquela espera até o limite do suportável.

Depois de alguma discussão, foi concordado que tanto o álbum quanto a biografia seriam lançados no mesmo dia, já que se complementavam, de certa forma; e as duas sempre saíam daquelas reuniões em meio a risos abafados. Era claro, considerando os olhares sobre elas, que cada pessoa envolvida naqueles projetos e que já havia lido ou ouvido aquelas palavras já sabia o que estava acontecendo ali, mas nada era dito diretamente.

Provavelmente, tinha mais a ver com a incrível capacidade de marketing que aquela situação criava do que com algum respeito à intimidade delas, mas ainda era engraçado.

As vezes, durante aqueles dias inquietos, Bonnibel se dava ao trabalho de ver um ensaio fotográfico ou entrevista que elas haviam feito juntas, tentando identificar que tipo de imagem elas estavam dando ao público até então.

Tinha uma entrevista em específico, em que elas estavam lado a lado em uma espécie de coletiva de imprensa, cuja gravação sempre arrancava boas risadas dela: em determinado momento, Marceline está falando de forma empolgada sobre o processo de cantar, tocar e produzir um álbum inteiro sozinha, enquanto Bonnibel a encara com uma mão abaixo do queixo, segurando o microfone, com o sorriso mais idiota que ela tinha, os olhos brilhando.

Era sempre assim que olhava para Marceline? Era assim que os outros viam a cena?

Ficava lendo comentários, tweets e threads - a eterna mania do egosearch - tentando determinar o que o público de Marceline achava dela, e estava chegando a conclusão de que gostavam dela. Tentava se tranquilizar com isso.

No final, o mês de fevereiro chegou, deixando suas semanas escorrerem por entre os dedos de duas mulheres que as teriam pulado de bom grado.

Mas uma coisa aconteceu antes do grande dia.


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Em plena preparação para sua nova era, Marceline havia desligado o modo artista e ligado o modo fã. Há dez dias, tudo que ela e Bonnibel sabiam fazer era dividir o fone de ouvido e decorar todas as letras do novo álbum do Paramore.

- Karma's gonna come for all of uuuus - cantava Bonnibel, segurando o fone junto à orelha.

- And I hope, well, I hope, I just hooope - continuou Marceline, marcando o ritmo com leves tapas na perna.

Depois da Meia-Noite (Bubbline AU)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora