Capítulo 19 - Cartão Postal

489 44 149
                                    

Eu demorei? Sim.

Mas eu também escrevi fodendo 6000 palavras, então acho que mereço uma passadinha de pano.

Aliás, faltam sete dias.

Enfim, vamos para o capítulo!

Boa leitura!
•~•~•~•~•~•~•~•~•~♪~•~•~•~•~•~•~•~•~•

Bonnibel fechou seu notebook lentamente, como se tentasse fazer o momento se estender um pouco mais.

- Então? - perguntou Marceline, afundando um pouco na cadeira.

Elas haviam voltado para o escritório de Marceline naquela noite para a revisão final do manuscrito, por qualquer que fosse o motivo. Talvez para finalizar as coisas onde haviam começado, por mais que o clima naquela sala fosse completamente outro agora.

- É... acho que acabamos.

As duas trocaram um olhar e um suspiro.

Então Marceline esticou as costas, estendendo os braços e soltando um gemido grave ao esticar os músculos.

- Tá com fome? Deve ter algum lugar pra pedir uma pizza.

- Ainda tem vinho?

- É pra ter.

As duas levantaram e foram para a cozinha, ainda no processo de se livrar da sensação de músculos travados. Bonnibel se senta à bancada, balançando de leve os pés, o celular em mãos enquanto procura por alguma pizzaria que ainda esteja aberta as quatro e tantas da manhã.

Marceline pegou a garrafa e olhou para ela, a cabeça levemente inclinada.

- Eu achei que seria diferente.

Bonnibel levantou os olhos para ela, com uma expressão confusa.

- O quê, exatamente?

- O último dia. Sei lá, esperei que você fosse sair daqui assim que acabasse e eu nunca mais iria ver você de novo. Primeiro achei que ia ficar muito aliviada quando acabasse, depois de um tempo achei que ia ficar mal. Muito mal. Mas não esperei isso. Tipo, se passaram seis meses, feitos da maior reabertura de traumas já registrada, e a gente tá pedindo pizza.

Bonnibel soltou uma risadinha, fazendo uma negação de cabeça.

- Bem, eu ainda posso ir embora, se você quiser.

Ela ficou mais alguns segundos olhando para o celular antes de levantar o olhar. Marceline a encarava com sobrancelhas arqueadas, com sua melhor expressão de incredulidade.

- Atreva-se, Andrews.

A risada de Bonnie encheu a cozinha, fazendo com que Marceline a acompanhasse no riso, quase contrariada.

- Eu tô brincando, boba. Você não vai se livrar de mim tão fácil. Até porque meus pais ainda estão esperando você em Ohio.

Marceline deu um sorriso, servindo a taça dela.

- Quase me esqueço disso.

•~•~♪~•~•

- O que anda acontecendo entre vocês duas, hein?

Marceline jogou o cabelo para o lado, livrando o rosto de alguns fios rebeldes. Encarou Simon por alguns momentos, sem saber o que deveria dizer. Se queria contar a verdade; se ao menos sabia qual era a verdade, para começo de conversa. Abriu um sorriso de canto para ele.

- Tá aí uma ótima pergunta, Petrikov.

Ela deu um gole no café, servido em copo de papel, que Simon havia trazido para ela. Jogou os pés sobre a mesa dele, ignorando a cara fechada que ele lançou para ela. Simon revirou os olhos, empurrando os óculos pelo nariz antes de apoiar as costas na cadeira, a observando por alguns instantes.

Depois da Meia-Noite (Bubbline AU)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora