Capítulo 6- Caos no Ministério.

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Na manhã seguinte, Aurora acordou sentindo uma dor intensa em sua cabeça, ela não conseguia discernir ao certo o que havia acontecido, muito menos sabia aonde estava. O local estava escuro demais e o cheiro de mofo persistia no ambiente de maneira incomoda, ela olhou para os lados e tateou a cama improvisada que estava deitada, procurando desesperadamente por sua varinha.

– Você não vai achar nada aqui. – Ela ouviu a voz de Draco ressoar no ambiente pouco iluminado. – Acha mesmo que ela seria burra de deixar a varinha com você? – Aos poucos o local foi iluminando-se, e ela avistou o rapaz segurando uma bandeja de café da manhã repleta com bolos, suco e pães recheados.

O quarto em que ela estava era completamente revestido de madeira, o local estava úmido e as janelas estavam escuras demais, a pouca iluminação dificultava observar os demais detalhes do lugar, ao seu lado havia uma mesinha pequena de madeira, e sua bolsa com seus pertences estava no chão.

– Aonde estou? – Ela perguntou sentindo o pavor crescer.

– Não está na minha casa se é isso que quer saber...– Draco respondeu abaixando-se e colocando a bandeja em cima de uma mesinha de madeira pequena que havia ao lado da cama. – Coma, precisa se alimentar.

– Porque está fazendo isso? – Aurora perguntou. – Eu quero ir embora!

– Eu não estou fazendo nada, Cooper. – Draco disse calmo. – Ninguém vai lhe machucar aqui... Logo, Catherine virá, e vai lhe explicar tudo. Até lá você não pode sair...– ele deu uma risada seca. – Nem que você quisesse conseguiria...  

– Se você acha que eu vou ficar aqui esperando aquela fodida...você está muito enganado, Malfoy! – Aurora retrucou. Draco ficou parado de braços cruzados observando os movimentos da garota. Mesmo que ela estivesse se sentindo fraca e zonza Aurora se levantou com rapidez e caminhou em direção a porta de madeira, mas ao abrir a porta e colocar os pés no corredor, a garota sentiu seus pés saírem do chão e uma sensação incômoda em sua nuca, como uma força invisível estivesse sendo puxada para trás.

Aurora voou para dentro do quarto com tanta rapidez, que antes de cair em sua cama, ela bateu com a cabeça na parede de madeira. O horror tomou conta de seus pensamentos, mais uma vez ela se levantou, e fez os mesmos movimentos, enquanto Malfoy a observava como se estivesse tentando prender a risada.

Uma.... duas.... três vezes... o resultado era o mesmo.

Ela estava caída na cama, abraçada ao joelho imaginando as piores mortes possíveis para ela, Lee e sua família.

Naquele instante a porta se abriu e Aurora avistou uma figura encapuzada   segurando uma bolsa de couro, suas mãos manchadas em preto e as unhas grandes lhe davam a sensação de que em segundos sua garganta poderia ser dilacerada. Mas ao entrar no quarto, e retirar o capuz, Aurora quase não a reconheceu.

Os olhos se mantinham dourados, as cicatrizes pareciam dançar sobre o rosto fino e encovado da garota, os círculos escuros debaixo dos olhos, e os machucados eram um sinal forte de que ela não estava passando por bons momentos, mas Aurora não estava interessada em ouvir a história triste de Catherine, afinal, ela havia traído a todos e principalmente a sua amizade ao se juntar com o homem que lutava contra tudo o que ela acreditava.

– Coma. – Catherine ordenou apontando para a bandeja, sem nem ao menos se dar ao trabalho de perguntar se ela estava bem ou não. – Agora!

– Você não manda em mim...– Aurora disse entredentes.

– Então não coma e morra de fome, Aurora. – Ela respondeu com ignorância. –  O problema não é meu.

– Como eu vou saber se isso está envenenado ou não? –  A garota disse.

LIVRO 2- Dangerous Reality And The Darkside  | Fred Weasley {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora