Capítulo 15- Ataque (In)falível

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Catherine corria entres as árvores, sentindo o seu pé ser furado pelo terreno irregular. Ela sentia frio, e o ar gelado parecia queimar os seus pulmões a cada vez que ela respirava, como se um iceberg estivesse sendo enfiado em suas narinas e descendo por seu tórax. A sensação de ainda estar sendo perseguida, a deixava completamente transtornada, Catherine tinha plena consciência de que precisava correr o mais rápido possível, caso contrário, sua vida tirada dela.

No ponto mais alto da floresta em que ela estava, havia uma pequena cabana de madeira escura. Ela avançou na direção ainda correndo, porque sabia que sua vida dependia daquela lugar, mas ao se aproximar, uma mulher de cabelos esbranquiçados, com os braços cruzados lhe esperava.

– Eu esperava mais de você, Catherine...– Ela disse quando a garota ficou mais perto. – Não conseguiu me salvar, não conseguiu se controlar. Matou a melhor amiga, traiu a família que lhe acolheu.

"Não" ela quis dizer, mas a sua voz não saia de sua boca. " Eu quis salvá-la naquela noite, mas como?" Catherine tentou falar novamente, porém, mais uma vez a voz não saiu de seus lábios.

– Você foi a pior coisa que me aconteceu!– Sua mãe sussurrou, e aquelas palavras ecoaram por toda a floresta, fazendo com que pequenos pássaros voassem para longe.

As lágrimas desciam por seu rosto initerruptamente, e não havia nada que pudesse fazer com que a dor em seu peito parasse, Catherine ouviu um ruido logo atrás e Fred estava de pé, erguendo uma faca na sua direção.

– Eu disse que iria matá-la. – Sua voz ressoou etérea e grave.

Ele andou na direção dela, obstinado em cumprir com o seu dever, com a sua vingança e ao chegar perto suficiente, ele enfiou a faca em seu peito e a girou.

....

19 de janeiro de 1998

A garota acordou assustada, buscando o ar ainda sentindo a dor em seu peito, pela facada que levara em seu coração no sonho. Um sabor amargo de decepção e tristeza inundou sua boca, seu rosto estava molhado por conta das lágrimas, seus cabelos grudados na nuca por conta do suor. Uma batida alta ressoou, fazendo com que ela se assustasse, o quarto ainda estava escuro, apenas com uma pequena brecha de luz passando pela cortina pesada.

Catherine caminhou até a porta limpando o rosto com a manga do pijama e ao abri-la, McGonagall estava lá.

– Está bem, srta. Riddle?– Ela perguntou ainda mantendo seu tom de voz severo.

– Por que não estaria?

– Rachaduras começaram a brotar na sala de feitiços, senhorita... imagino que você seja a única pessoa aqui a conseguir provocar um cataclisma sem ao menos sair do quarto. – Minerva respondeu. – Está doente?

– Não, Minerva. – A voz de Snape ecoou pelo local, abafada e anasalada. – Ela estava tendo um pesadelo, achei que esta fase havia acabado.

– Isso não é da sua conta, é?

– Se está colocando em perigo a mim e aos meus aliados, sim acho que é da minha conta. – disse ele com irritação.

Catherine encarou seus olhos escuros e riu.

– Não se preocupem. – Ela disse. – Não vou causar a porra de um cataclisma, posso voltar a dormir, ou tem mais alguma coisa para dizer?

– Vá ao meu escritório. – Snape falou antes de se sair caminhando pelo corredor.

Minerva ainda estava parada encarando a garota com os olhos preocupados, mas ela não disse nada, apenas seguiu o mesmo caminho que o diretor de Hogwarts.

LIVRO 2- Dangerous Reality And The Darkside  | Fred Weasley {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora