Capítulo 22- O Início da Batalha de Hogwarts.

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{Aviso: Neste capítulo possuí violência e tortura.}

"Não há heróis ou vilões aqui, apenas a escuridão que dança dentro da minha cabeça, deixando nada além de fantasmas em seus rastros. Existem partes de mim que não posso esconder. Já tentei milhões de vezes. Juro pela minha vida.

Bem vindos ao meu lado negro."

—Neoni. "DarkSide"





17h17

O tempo passava rápido como se não estivesse nem sequer preocupado com o que estava por vir. Todos sentiam em sua pele, ossos e entranhas, como se um mau augúrio de fato rondasse a todos, e não poderiam estar mais certo de que ele, ou melhor, ela rondava todos observando com seus grandes olhos azuis congelantes e hipnóticos, como se testasse a sanidade de cada um. Não era proposital, mas cada um que estava destinado a ter o seu fim e –ela sabia quem seria levado desta vida– a chamava como se houvesse um imã em cada um deles. Sua força e presença era palpável, assim como as paredes frias e escuras daquela escola.

Erika não parecia interessada na aula sobre as maldições imperdoáveis, já sabia todas de trás para frente, mas sua atenção voltava uma vez ou outra para o Comensal que agora explicava com a voz embolada, já que aquela língua não era a dele.

Um vento frio soprou pela porta no momento em que ela foi aberta, e seus olhos voltaram-se para Edward, o rosto cansado e preocupado, as olheiras profundas. Seus olhos se encontraram por alguns instantes, e mesmo que ela não fosse capaz de ler os pensamentos dele, ela sabia exatamente o que passava na mente dele. O fim estava próximo, talvez ela fosse precisar de reforços, o caos chamava e a morte vinha ao seu encontro, não por ser um dever, mas era muito mais forte do que ela. Catherine Riddle possuía uma grande força que nem mesmo Erika era capaz de se afastar, tudo nela era um atrativo. Poder, beleza, magia... Combustível suficiente para causar grandes cataclismas que poderiam alimentar a morte durante eras, ainda que isso de certo modo incomodasse Erika, um fardo que ainda era difícil de se acostumar.

Ela ainda recordava do primeiro momento onde se deu conta de que era o anjo da morte. Um gato de estimação chamado Frankie, com a pelagem cinza e o resto do corpo marcado pelos maus tratos de seus donos antigos. Ela o acolheu num dia chuvoso e desde então, depois que convencera seus pais de que cuidaria bem dele, Erika o amou com todo o seu coração, e Frankie acompanhou a garota durante longos dez anos, até o momento em que ela o viu, na mesma condição de um dia tempestuoso, mas havia algo diferente nele, uma aura azulada o circundava e de alguma forma ela sabia que ele partiria logo, numa tentativa de impedir a partida de seu amigo, o mais fiel, Erika o abraçou com força como se pudesse juntar sua força vital para mantê-lo ali, mas ela não sabia controlar seu dom como sabia agora, e Frankie se foi, deixando-a só na sala de leitura de sua casa com os olhos inchados e o coração dolorido.

Erika passou meses sem encostar em ninguém com medo de que tivessem o mesmo destino, mas com o tempo, ela o aceitou de bom grado, porque sabia que havia um propósito maior, e então, ela estudou e aperfeiçoou suas habilidades para estar pronta para lutar pela justiça. Lutar pelo o que era certo e pelas pessoas certas.

Ainda observando Edward falar com o Comensal, que pareceu estar pouco à vontade com o lhe fora confidenciado, ela riu. Erika conhecia bem aquele olhar.  O medo de estar sendo encaminhado para uma missão que não teria volta, porque ele e sua irmã iriam morrer da maneira mais visceral que existia, ela garantiria isso.

– Do que está rindo, Kraumass?– Ele perguntou.

– O senhor está bem? – Ela devolveu a pergunta, observando o rosto com inocência. – Quero dizer, estou em silêncio, não disse uma palavra sequer.

LIVRO 2- Dangerous Reality And The Darkside  | Fred Weasley {Concluído}Where stories live. Discover now