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*Yuzuki On*

Meu coração batia forte em meu peito e eu podia jurar ouvir cada batida dele, minhas mãos tremiam de leve por conta do nervosismo e minha boca estava seca. Mito parecia distraída enquanto enfeitava meu cabelo com alguns grampos, mas assim que ergueu o olhar para me olhar através do espelho ela cerrou as sobrancelhas.

— Você está bem? — Acenei. — Você esta pálida...tem certeza? — Acenei mais uma vez.

— Só quero um pouco de água. — Ela acenou e correu para ir buscar um copo, eu voltei a me encarar no espelho, a maquiagem leve, o cabelo perfeitamente escovado, preso e decorado, o kimono branco. O dia tinha chegado, o tempo pareceu passar voando até hoje. Mito voltou com um copo de água e me olhou preocupada enquanto eu o bebia de uma vez, assim que terminei respirei fundo tentando me acalmar, ficaria tudo bem.  — Que horas são?

— Já está quase no horário, mas você pode se atrasar um pouco se quiser, você é a noiva então só se preocupe em se acalmar, eu vou avisar eles que- — Segurei a mão dela, para que ela não saísse, Mito me encarou e sorriu acenando, ela se sentou na cadeira ao meu lado. — Me diga o que está te preocupando. — Suspirei nervosamente e balancei a cabeça.

— Não tenho certeza, acho que...estou com medo.

— Medo de se casar? — Encarei o espelho em minha frente mais uma vez e neguei fraco.

— Medo de não dar certo. — Ela me olhou curiosa e eu mordi minha bochecha. — Não quero ter que voltar para casa se isso não funcionar.

Madara me amaldiçoaria até a morte se aquilo acontecesse. Mito sorriu, gentilmente como sempre e acariciou minha mão.

— Você nem se casou e está pensando em se separar?

— Não, eu não faria isso, mas e se Tobirama não ficar satisfeito ele pod- — Mito ficou seria enquanto me ouvia e segurou minha mão tremula.

— Yuzuki, ele não faria isso mesmo que você fosse uma megera, e você não é uma nem de perto... não vou dizer que as coisas serão perfeitas porquê mesmo em relacionamentos sustentados pelo amor as coisas podem ficar difícil às vezes, mas Tobirama não se abala fácil então ao menos que você fosse seu irmão ele não mudaria de ideia sobre o casamento. — Ela brincou no final, tentando me acalmar. — Não é como se vocês se odiassem mortalmente igual ele e Madara, não é?

Tenho que admitir que não o odiava mais como antes...mas no fundo ele ainda me incomodava. Acenei fraco e sorri forçadamente, a olhando.

— Preciso de alguns minutos, acho melhor você ir avisar. — Ela acenou e se levantou.

— Por favor não desmaie, eu já volto. — Mas não foi ela quem voltou.

Quando a porta se abriu eu senti mesmo que fosse desmaiar ao ver meu irmão, mas para a minha surpresa ele não parecia bravo. Madara se aproximou enquanto eu me levantava para o cumprimentar, ele me analisou atentamente e sorriu fraco. Por Kami quanto tempo fazia que eu não via aquilo?

— Você está deslumbrante. — Desviei o olhar, desconfortável com aquele sorriso dele, eu não sabia se era de verdade, se quem estava ali era meu irmão ou aquele outro Madara.

Droga ele tinha problema de personalidade ou algo assim? Sempre me deixava confusa.

— O-obrigada. — Ele não me repreendeu por gaguejar.

— Mito disse que você estava nervosa e que precisava de um tempo, mas já está meia hora atrasada. — Ele não parecia bravo, mas também não parecia muito preocupado comigo.

Apenas por Conveniência Where stories live. Discover now