Capítulo 66

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*** Eduardo ***

Eu estou sofrendo, sim!! pode ser difícil de acreditar, eu estou sofrendo pela ausência dela, mas eu não posso deixar meu orgulho de lado, foi ela que escolheu isso, e de certa forma, talvez tenha sido melhor assim.

A Mariana é uma garota incrível e perder ela não está sendo fácil. Eu me afastei como ela queria, mas isso não significa que eu a deixei completamente.

Sempre vou até a porta da faculdade dela e fico de longe olhando ela conversando com o babaca do Luan, maldita hora que esse cara resolveu aparecer nas nossas vidas.

Ele é do tipo come quieto, está só esperando o momento certo para atacar ela, todos dizem que querem proteger a Mariana de mim, mas são tudo um monte de lobo se aproveitando da inocência dela.

Essa semana não foi nada fácil, precisei tomar a decisão mais difícil da minha vida. Agora não tem mais volta, não posso olhar para trás ou me arrepender, tento a todo momento colocar na minha cabeça que será melhor assim... mas não está sendo fácil.

Preciso sair um pouco e refrescar minha cabeça, ficar trancado no meu escritório não está me ajudando a manter a calma. Depois de uma semana apareço em casa novamente, não consegui mais dormir na minha cama sem ela lá... Me arrumo e saio a procura de um lugar onde eu possa tentar melhorar meu animo um pouco, ou afogar as magoas de vez.

Quando saio de casa involuntariamente olho para porta dela ao sentir o seu cheiro, mas ela não estava lá e eu fico frustrado, termino de fechar a minha porta e viro indo em direção ao elevador.

Meu coração acelera ao ver ela parada... Como está gata... fico babando nela e em todo esse corpo que é meu ou talvez um dia foi!!!

Pelo jeito ela superou melhor do que eu... provavelmente deve estar indo se encontrar com o Luan, o que me deixa com raiva, mas ela precisa seguir a vida, e eu não vou interferir. 

Trocamos umas palavras no elevador... ainda existe paixão, isso não dá para negar...

- Bom encontro (Falo assim que ela sai do elevador, ela me olha com raiva e vai embora)

Continuo descendo no elevador em direção a garagem, pego meu carro e saio.

Vou até uma boate e subo para área vip, onde costumava ficar... de tempos em tempos aparece uma mulher se esfregando em mim e tentando me convencer a levar elas para o quarto, mas nenhuma chama minha atenção ao ponto de querer algo a mais. Estou na bad... estou sofrendo pela Mariana... e ela deve estar rindo e se divertindo muito com o babaca do Luan...

Vou até o banheiro e quando volto olho para a pista de dança que fica em baixo.

Como um imã meus olhos me direcionam para ela na pista de dança, não é difícil enxerga-la no meio dessa multidão, ela não se encaixa nesse lugar, é notório que não está confortável com o ambiente, olho ao redor dela e vejo a Carolina dançando com ela.

- EU VOU MATAR A CAROLINA...

Sem pensar, desço as escadas e saio empurrando a multidão de gente para chegar até ela.

Chego perto dela e seguro no seu braço.

- Você vem comigo... (Ela me olha assustada, mas com a expressão de que ficou aliviada ao me ver)

- Solta ela Eduardo, ela veio comigo.

- Você não se mete (Falo apontando o dedo para Carolina)

Puxo ela para sairmos de lá, depois que conseguimos sair da multidão pego ela no colo e jogo no meu ombro.

- ME SOLTAAAAA (Ela grita e tenta se soltar)

Abro a porta do carro, coloco ela dentro e saio com o carro.

- Eu consegui suportar o fato de você ter saído para encontrar seu amiguinho, mas agora vir a uma boate e ficar dançando igual a uma... (não consigo completar a frase)

- Igual a uma o que? Continua? 

- Eu sabia que essa sua amizade com a Carolina não ia te fazer bem!

- Você não gosta dessas mulheres? Talvez se eu me transformar em uma delas você me dá valor.

- Mariana NUNCA MAIS repita o que você acabou de falar.

- Ou o que?

- Você não é igual a elas, coloca isso na sua cabeça! Não faça isso com você, eu não preciso ficar te falando o que você precisa ou não fazer, você é inteligente e sabe o que quer, porque permite que as pessoas usem você como se você fosse um boneco? Era óbvio que você não estava gostando de ficar naquela boate, porque aceitou ir?

- Eu não sabia que a gente iria a uma boate, mas eu não posso deixar a Carolina lá sozinha, me leva de volta para lá!

- Mariana, a Carolina sabe se virar, melhor do que você imagina, não precisa se preocupar com isso.

- Mas o marido dela vai achar ruim que ela esteja em uma boate sozinha, eu não posso deixar ela lá.

Respiro fundo... estaciono o carro em uma praça, desço e abro a porta para ela descer também, ela me olha desconfiada, mas não reclama.

- Vamos conversar um pouco aqui, tá bom? Eu preciso te contar uma coisa... mas por favor não surta, escuta com atenção. E mesmo se você for surtar, eu vou te levar para casa depois e te deixar em segurança, ok?

- Você está me assuntando... o que mais você ainda tem para me contar? (Seguro a mão dela e a levo até um banco para sentarmos)

- Presta atenção, eu não quero estragar a sua "amizade" com a Carolina, mas eu acredito que ela não tenha sido 100% sincera com você, assim como eu também não fui. 

- O que você está querendo dizer com isso?

- Eu e a Carolina já transamos... (Ela me olha assustada, mas no fundo eu sei que ela já imaginava)

- Quando isso aconteceu? (Pergunta mais calma do que eu esperava)

- Isso foi bem antes da gente começar a ficar, e eu não sabia que ela era mulher do Ricardo, e nem ela sabia quem eu era, foi pura coincidência mesmo, pelo menos a primeira vez.

- Primeira vez? Então teve outras?

- Sim, teve uma segunda vez quando nos encontramos no evento do Ricardo e descobri quem ela era.

- Você comeu ela no evento do Marido dela?

- Sim e eu não me orgulho disso se quer saber, mas não houve nenhum tipo de sentimento, nem da minha parte e nem da dela, só foi sexo e acabou!

- Eu só não estou entendendo porque você está me contando isso agora, quer que eu perca a única amiga que eu tenho aqui?

- Mariana, eu te contei porque não quero mais mentir para você, e isso não significa que você precisa deixar de ser amiga dela, até porque isso aconteceu bem antes dela te conhecer, e talvez ela não tenha te contado por vergonha. Mas eu não podia correr o risco de não te contar e depois você descobrir por outras pessoas e me odiar por isso.

- Obrigada por ter sido sincero comigo (Ela agradece e me deixa sem reação)










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