Coroa de Sangue e Ruínas ✤ Livro 2 de A Rainha de Sangueprata

CAPÍTULO · X

Hola mi gente! Espero que esteja tudo bem com vocês ♥️

Acabei estendendo um pouco o intervalo entre as postagens dessa vez pq eu não tinha conseguido tempo para dar continuidade à escrita do capítulo em andamento. Anyway, cá estamos!

E antes de ir pra att, queria dizer que: conhecendo vocês como conheço 😂, daqui a pouco vai ter pessoas "reclamando" sobre não estarmos tendo muito foco nas bruxas principais até aqui e tudo mais. Então quero deixar explicado que esse livro tem um foco mais amplo porque tem MUITA coisa acontecendo ao mesmo tempo em Kalpana enquanto a história principal se desenrola. Temos o complô de Rhya para tirar o Rei-Elfo do trono, temos a história do Carvalho, temos a história do passado de Kian e Cyprian (que também enriquece para o enredo), temos também o envolvimento dos Magos de Kavan, o envolvimento dos Elfos, temos as Sangue Dourado (não esqueçam delas! Logo elas estarão de volta), é muita coisa, acreditem. Para que todas as peças se encaixem e a história faça sentido, é preciso visualizar de todas as perspectivas. Então, teremos bastante alternância de personagens/reinos/etc e vai valer a pena conhecer todos esses pontos de vista.

Enfim. Simbora que esse capítulo aqui promete dar outro nó no cérebro de vocês... 👀
Boa leitura!

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CAPÍTULO 10
𝑅𝑒𝑖𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒𝑝𝑟𝑎𝑡𝑎

❤️‍🔥

Mais uma semana se passou enquanto Averly continuava confinada no quarto, se recuperando do que quer que tivesse acontecido – já que, mesmo depois de todos aqueles dias, ela ainda não conseguia se lembrar de nada. Sempre que tentava remeter às lembranças daquela noite, encontrava um enorme vazio denso e escuro. Talvez não devesse ser lembrado? Ela começava a suspeitar.

Todo aquele evento sem explicação pareceu sugar a energia para fora do corpo de Averly, o que fez com que ela levasse um tempo maior para se sentir pronta para voltar a treinar, por exemplo. Skyler também havia arranjado outra coisa para ela fazer no tempo livre: após falar com Kalina, a comandante concordou em ajudar Averly a estudar mais a fundo a história de Sangueprata e das antigas Rainhas do Norte, então sempre que ela tivesse um tempo livre de suas obrigações ela e Averly fariam aquilo. Parecia perfeito.

No início do oitavo dia dentro daquele quarto, Averly enfim começou a se sentir inquieta. Ela queria sair logo, voltar aos treinos e começar os estudos, mas só de pensar nos olhares que recebia sempre que andava pelos corredores, a vontade de permanecer no quarto falava mais alto. Averly sabia que era um medo tolo – talvez medo não fosse a palavra exata, o que ela sentia era mais um tipo de incômodo por não se sentir à vontade como achou que sentiria. Ela ansiava pelo norte para finalmente sentir que pertencia à algum lugar, no entanto, todos aqueles olhares hostis e desconfiados faziam ela se sentir uma estranha completamente deslocada.

Sentada no banco forrado de pele na varanda do quarto, Averly suspirou, encarando a paisagem opaca. Não nevava naquela manhã, mas uma neblina fina encobria a copa das árvores à distância e o vento ainda era frio e o ar úmido fazia a pele pinicar. Ela não se incomodou, de toda forma. As primeiras horas da manhã já haviam chegado e ido embora quando Averly escutou um barulho na porta do quarto.

Arista apareceu em seu campo de visão quando olhou para o interior do quarto. A comandante entrou com a bandeja de café da manhã e a depositou sobre a cama.

— Bom dia — saudou a bruxa de Gara, encostando o ombro no arco da porta da varanda. — Trouxe o seu café. Skyler está ocupada – código para: encurralada – com algumas bruxas em uma reunião, por isso não pôde vir.