CAPÍTULO · XXV

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Hola flores do meu dia 🌼😚
Eu voltei. Escrevi tanto esses dias que agora to de molho com dor nos pulsos, a mardita da tendinite me pegou outra vez. C'est la vie.

Só tenho a dizer que... Esse capítulo ta GRANDE e vai dar uma guinada decisiva aí no mistério da origem da Averly ✨ coros de Améns e Aleluias ✨

Simbora?
Boa leitura!

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CAPÍTULO 25
𝑅𝑒𝑖𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒𝑝𝑟𝑎𝑡𝑎

❤️‍🔥

Quando Averly despertou, Skyler estava terminando de vestir seu habitual traje de couro e malha preta. A testa vincada podia indicar que ela estava compenetrada no que fazia, mas Averly sabia que era apreensão que a dominava naqueles últimos dias.

Desde o encontro com o Príncipe Infernal em Kaladai, Skyler tinha ficado mais calada e discreta pelos corredores da fortaleza. Ela não quis falar sobre aquilo com as comandantes e Averly precisou respeitar a escolha dela, embora achasse perigoso guardar um segredo como aquele. Averly até entendia os motivos dela, sabia que era por conta daquela inesperada conexão com Kaemon, algo que nem mesmo ela conseguia processar completamente ainda.

— Você dormiu bem? — Skyler perguntou de repente, sem desviar o olhar para ela. Claro que ela sabia que Averly havia acordado.

— Defina "dormir bem" — ela murmurou, sentando-se na cama. — Ainda não me acostumei com o barulho das tempestades de neve. O vento uivando pelos corredores parece uma assombração nefasta.

Skyler então olhou para ela e deu um pequeno sorriso. Fechando a última fivela, ela se aproximou e sentou na beirada da cama ao lado de Averly.

— É normal. A maioria dos criados mestiços da fortaleza vieram das cidades e não estão acostumados com o clima nas montanhas, principalmente durante o alto inverno. Alguns deles chegavam a passar várias noites em claro no começo, outros tinham pesadelos e acordavam gritando. Você até que está se saindo bem, estava dormindo quando eu despertei — ela esboçou outro sorriso.

— Bom, sim, mas já devia ser a quarta ou quinta tentativa de um sono ininterrupto — ironizou Averly. — Mas uma hora ou outra eu vou me acostumar. — Skyler concordou, pois era assim. Ela já havia se acostumado com tudo aquilo há muito tempo, era rotineiro, o inverno estava no sangue dela – por mais contraditório que isso fosse, já que seu sangue negro fervia nas veias, bem o oposto de uma estação de alto inverno. Averly falou outra vez, devagar: — Você continua pensando nisso. Ainda não quer falar a respeito com as comandantes, não é?

Skyler abaixou o olhar e soltou um leve suspiro. Ela ficou em silêncio por um instante antes de encontrar as palavras certas para dizer.

— A ideia me deixa muito desconfortável — respondeu em voz baixa. — Eu entendo a urgência de informar elas e também Angelise sobre tudo o que ouvimos daquele príncipe infernal, mas...

— Eu entendo. — Mesmo falar em voz alta só na presença de Averly já era difícil para Skyler. A conexão. Ela não queria aquilo, mas não era como se pudesse escolher. Estava feito, e era mais um tipo de maldição que qualquer outra coisa. Um fardo que ela teria que carregar. — Entendo onde mora o seu desconforto com tudo isso. Talvez pudéssemos ocultar essa parte, Sky. Sei lá, pode funcionar. Dizemos que o príncipe infernal veio até nós em uma tentativa conjunta de impedir Brakhar por benefício próprio. Não acho que elas iriam desconfiar, afinal, isso não é bem uma mentira. Eu diria que é uma meia verdade inofensiva.

Coroa de Sangue e Ruínas ✤ Livro 2 de A Rainha de SangueprataWhere stories live. Discover now