Cap 08: Deixando tudo para trás

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Você seria capaz de abandonar tudo por alguém que ama? Muitas vezes não pensamos direito em nossas decisões e mais tarde pode não haver mais volta. Se você fugir dos seus problemas, o que vai fazer se perder o caminho de casa? Para quem você pediria informações se estivesse acompanhada do diabo?

O dia em Dreamwood pareceu ter acabado muito mais rápido do que o normal. A manhã ensolarada se transformou numa noite gelada e solitária.

O pôr do sol pareceu ter ficado muito mais escuro do que o de costume, o laranja quase não estampava o céu, tudo que havia eram nuvens negras e um vento frio e seco que fazia todas as folhas de árvores caírem como se fosse uma tarde de outono.

De uma hora para outra, tudo ficou tão sombrio naquele vilarejo, todos estavam sentindo. Parecia que tinha uma atmosfera negra engolindo todos naquele lugar. Parecia que algo terrível estava circulando entre eles... e realmente estava.

Quando Annabel e Patrick chegaram no hospital, era tarde demais. John estava bem, consciente, mas o tempo todo perguntando onde estava a filha. E esse era o problema. Ninguém sabia onde estava Amanda, ela havia desaparecido, mas para os policiais era óbvio que alguém havia levado a menina embora do hospital, mas como fez isso sem que ninguém notasse, ainda era um mistério.

E não era só isso. Uma enfermeira foi encontrada morta no quarto onde John estava, havia perfurações estranhas em sua garganta, a princípio ninguém sabia de que forma ela foi morta e nem com qual objeto. E o pior de tudo é que nenhum dos funcionários sabia o que poderia ter acontecido. Eles não notaram nada de estranho em nenhum momento. A última pessoa que viu Amanda foi a recepcionista e ela não viu a menina saindo do hospital, nem sozinha e nem acompanhada, de alguma forma, ela foi levada de dentro do hospital e não foi mais vista por ninguém.

E quando a notícia se espalhou pelo vilarejo, foi questão de tempo para o caos se instalar em todos os cantos!

No final da tarde, um bloqueio foi feito pela polícia na entrada e saída do vilarejo. Ninguém entrava ou saía enquanto não encontrassem esse sujeito e Amanda.

Christopher sabia que precisava encontrar essa menina o quanto antes, mas o grande problema era que ele não tinha ideia de com quem estava lidando. O que Christopher sabia era que seja lá quem fosse esse assassino, ele não tinha remorso e nem medo das consequências, e que ele era alguém com uma extrema habilidade em não ser notado. Mais um motivo para ele ser considerado tão perigoso.

Christopher andava apressado pelos outros policiais no bloqueio à saída do lugar. Estava tudo tão agitado ao seu redor. Assim que ele soube por Annabel o que tinha acontecido no hospital, a primeira coisa que ele fez foi pedir a permissão das autoridades em Dreamwood para que pudesse montar uma espécie de cerco em torno desse assassino. Se ele achava que iria sair levando Amanda estava muito enganado.

Os outros policiais foram enviados para locais que ele pudesse ter levado a menina, mas do jeito que as coisas estavam, Christopher estava começando a achar que eles foram interceptados no meio do caminho. E se isso tiver acontecido, talvez ele precise de ajuda para resolver essa situação.

De repente seu telefone tocou no bolso de sua calça e ele estava tão aflito que nem olhou o número do telefone, imaginou ser alguma novidade mas quando atendeu se tranquilizou um pouco.

--Pai onde o senhor está?

--Charlotte, é você?--ele perguntou relaxando quase que completamente ao ouvir a voz doce da filha.

--É claro que sou eu. Quando você vai vir pra casa?

--Hãn...--ele murmurou olhando ao seu redor, todas as viaturas de polícia no meio da estrada.

Dear Daddy EddieOnde histórias criam vida. Descubra agora