Cap 13: A inocência e o conforto

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Feliz é aquele que consegue fazer da casa da avó sua segunda casa, pois assim o amor se multiplica.

Uma casa discreta e confortável, com cortinas floridas e rendas brancas na ponta enfeitavam as janelas. Um belo jardim na entrada, com todos os tipos de flores e rosas perfumavam a casa. A decoração lá dentro era simples, mas não deixava de ser linda, haviam tapetes de tricô na porta da entrada, na sala e na cozinha. Forros de mesa pintados a mão, móveis feitos de madeira, uma tv e rádio antigos na sala, objetos antigos feitos de porcelana guardados num armário também de madeira, um vaso com pequenas flores amarelas na mesa de jantar e um sofá que no verão sempre pregava na pele e incomodava por causa disso.

Aquela era a casa da senhora Carmen, a avó de Darcy.

--Eu vou pegar você, não adianta se esconder.--a menina cantarolou sozinha enquanto procurava pelo cachorro de sua avó, um filhote vira lata de cor castanha chamado Bartolomeu.

Darcy se ajoelhou no chão e olhou embaixo da cama, mas nenhum sinal do cachorrinho, então ela se levantou e saiu do quarto.

--Cadê você?

Ela foi para a cozinha e olhou embaixo da mesa. Ele também não estava lá. A menina olhou ao redor e nesse momento escutou um latido vindo da sala. Rapidamente, ela se virou e correu para lá, mas ao chegar, não viu Bartolomeu ali também.

--Eu sei que você tá aqui.--ela disse brincalhona.

Ela caminhou em volta do sofá e quando olhou para o canto da sala, lá estava o cachorrinho abanando o rabo e com uma carinha animada.

--Te achei!--ela gritou e apontou o dedo em sua direção. Mas antes mesmo da menina tentar chegar até ele, Bartolomeu latiu mais uma vez e saiu correndo em disparada pela casa.

--Volta aqui.--Darcy saiu correndo atrás dele e tentou alcançá-lo, mas ele era tão rápido!

A menina usava mais um de seus vestidos, dessa vez era um de cor verde clara, ele não tinha mangas e era lotado de babados na parte final do vestido. Não tinha muitos detalhes, mas era tão fofo. Seu cabelo preto estava solto como o de costume, balançando com cada movimento que ela fazia.

O cachorro correu por toda a casa e Darcy tentou pegá-lo inúmeras vezes, mas ele sempre conseguia escapar, quando ela o cercava, ele passava correndo debaixo de suas pernas e começava tudo de novo.

Os dois estavam brincando de pegar.

Fazia pouco tempo que sua avó tinha adotado Bartolomeu e foi justamente para lhe fazer companhia e agradar a única neta. O filho dela, ou como Darcy o chamava, tio Danny, estava morando em outra cidade com alguns parentes. Ele havia se mudado para facilitar os estudos, na outra cidade haviam mais oportunidades e alguns de seus amigos moravam lá também, então ele foi embora de Dreamwood. A senhora Carmen passou a sofrer um pouco de solidão. Seus dois filhos não moravam mais com ela e seu marido já era falecido há alguns anos.

A única companhia que ela tinha e gostava era a de Darcy e o cãozinho Bartolomeu.

--Não vale, você é muito rápido, vem aqui!--Darcy gritou enquanto se engasgava de rir. Ela não tinha a menor chance contra a rapidez de Bartolomeu, mas valia a pena, era divertido brincar de pega-pega com ele.

Eles correram por toda a casa até chegarem no quintal, uma área que o filhote ainda não conhecia muito bem porque desde então foi criado dentro da casa, então ele acabou correndo para um canto sem saída, ao lado do jardim. Quando ele parou, foi a chance que Darcy teve de finalmente pegá-lo.

Ela agarrou o filhote e se sentou no chão com ele em seu colo. Ele ainda parecia animado e cheio de energia, mas ela estava cansada.

--Peguei você, eu ganhei!--ela disse contente fazendo cócegas no animal --Você é tão macio, tão fofinho!

Dear Daddy EddieWhere stories live. Discover now