Efeito Borboleta

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   A caminho para o hotel Paraiso nas proximidades da estrada sentido a floresta do índios, Augusto e Apolo ficam em silêncio deixando apenas o som do motor do Opala preto e branco ecoar no ambiente, ainda é meio dia mas com as nuvens escuras e o céu nublado fazem esse horário ser uma mentira. O inverno é uma época difícil para a polícia de Nova Califórnia devido aos condições de se dirigir na estrada pois todos os dias chove, rara é a vez quando a chuva é passageira e suave como o vento, a estrada por dentro da floresta dos índios fica intrafegável devido ao lamaçal, furto aumento em 10% na região devido ao som estrondoso da chuva que cai sobre o telhados das casas abafando qualquer som de arrombamento.

- porque estamos indo ao hotel Paraiso? Perguntou Apolo afim de saber os motivos que levaram Augusto a essa atitude.

- A velha bruxa é tia avó de dona Constância, estou indo informar o incidente, as linhas telefônicas no inverno não funcionam muito bem, na maioria das vezes nem funciona. Augusto acende um cigarro diante ao volante.

- em seis anos de serviço nunca presenciei um inverno tão sombrio quanto a esse, essas mortes são terríveis e cruéis, não consigo imaginar que alguém daqui tenha feito isso. Apolo está na polícia a muitos anos e poucos crimes com esse presenciou, é animador para ele.

- tenho que concordar que esse tipo de crime é brutal mas discordo quanto a ser alguém daqui, tenho as minhas suspeitas.

Augusto chegou ao hotel trazendo aqui consigo uma chuva intensa, o céu negro cobriu as poucas luzes de sol que pairavam, agora o céu todo coberto de negro e feixes de luz obriga a cidade acender suas luzes, o nome hotel paraíso brilha em vermelho no outdoor beira da estrada. Antes de sair do carro Augusto se surpreende com a face contorcida de Freed que segura um guarda-chuva para recebê-los.

- bem...bem vindos ao hotel Paraiso...ship...senhores. Freed estende o guarda-chuvas para que Augusto não se molha-se ao sair do carro.

- não tinham uma criatura menos feia para nós receber?

- des..desculpa senhor...minha deformidade...ship...é um sério problema é verdade...mas nada comparado...ship...ao que irão enfrentar.

- saia do meu caminho, criatura repugnante. Augusto empurra Freed e segue seu caminho rumo a entrada do hotel.

Apolo vendo a situação lá fora resolve sai do carro também, a chuva forte o molha brevemente até que recebe outro guarda-chuva de Freed.

- muito obrigado, me desculpa pelo comportamento do meu chefe, ele não está em um bom dia. Apolo se desculpa com Freed e lhe dá uma gorjeta.

- você tem belos olhos, são azuis ou pretos? Freed se encanta com Apolo

- eu preciso ir com licença senhor. Apolo se dirige para onde Augusto se encontra.

Na portaria do hotel Augusto e Apolo depositam seus guarda-chuvas ao lado da porta central, ao passarem pela porta dupla um ''Trin'' teve seu som abafado pela chuva. Ao entrarem se deparam com Edna no balcão diante a caixa registradora e Constância ao à sua frente do lado de fora do balcão.

- Boa Tarde senhoras. A voz rouca e forte de Augusto pode ser ouvida em alto e bom tom graças aos poucos ruídos que paira dentro do hotel mostrando que está muito bem revestido e seu telhado muito bem forrado.

- tarde? Para mim já é noite, vou prepara algo para beliscar, com licença dona Constância. Edna decide sair da caixa registradora porém a voz do Augusto a fez parar.

- fica onde estava dona, precisamos conversar.

- pode ir Edna não se preocupe com esse patife com farda, e por favor traga chás com bolos. Constância mostrou ao Policial Augusto quem é que manda em seu Hotel.

Vermelho ViolaçãoWhere stories live. Discover now