O leilão - Parte II

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Freed é um homem com mais de trinta anos porem sua deformidade e sua baixa altura esconde muito bem sua idade, todos o vê como um jovem de vinte e poucos anos. Nasceu em um fazenda ao norte do brasil bem próximo do amazonas, sua mãe e pai eram castanheiros e viviam da castanha e da pesca, aos seis anos de idade sofreu um mal súbito inexplicável o que deixou paralisado da cabeça aos pés, sua mãe fazia rezas durante dias e noite para que Freed se cura-se, seu pai chamou o curandeiro índio da região para tratar do filho porém não havia nada a se fazer, o curandeiro dizia que o pequeno Freed estava enfermo e que não duraria mais que uma quinzena. Em um ato desesperado, Dona Joana pegou seu filho e o amarrou em suas costa e partiu em viagem no meio da mata sentido a estrada principal, a peregrinação durou dois dias até a estrada principal, ao chegar lá pegou carona em uma carroça de um casal de fazendeiro que estavam indo a Manaus para se casa, a viagem durou três dias. Os médicos do hospital em Manaus internaram Freed e o diagnosticaram com poliomielite mais conhecida como paralisia infantil.

- você é virgem Freed?. Perguntou Romano.

- mas é claro que não...shiff.

- que curioso, que garota quis se deitar com você ? alguma gorda feia eu acredito. Romano pega os dados e joga sobre o tabuleiro, eles rodam e rodam até cair em uma numeração.

- era lin...linda...tinha cabelos vermelhos...shiff...pela macia. Freed suspira ao lembrar da garota.

- e como foi?. A curiosidade roubou a atenção do jogo.

- foi bom...muito bom, eu amar...amarrei ela na cabeceira da cama...shiff.

- nossa, não foi muito diferente da minha primeira vez, eu estuprei a vadia, depois a matei.

- porque fe...fez isso?. Freed se sentiu a vontade para perguntar já que ali ele não se sente como um criado e nem um monstro, por mais estranho que pareça ele se sente acolhido.

- porque ela não gostava de mim. Romano olha para baixo como se a recordação fosse desgostosa.

- ela mereceu aquela vadia. Freed tenta animar o amigo afirmando que sua atitude foi a certa.

- ah sim! E como, eu bate nela com uma barra de ferro até cansar.

Ambos começa a rir desenfreadamente, o som de suas risadas ecoa no porão pouco iluminado e fedido a mofo, ratos e baratas correm ali sem destino através dos lençóis sujos, colchões velhos e rasgados, almofadas molhadas e o encanamento do hotel. Eles voltaram ao jogo e o tema sobre sexo e assassinato perdurou durante toda a partida, Freed diz que não gosta de matar ninguém mas já chegou a matar três pessoas para se defender sendo um deles seu próprio pai que quis afoga-lo no rio, já Romano conta que matar é seu ponto de partida para prazer, é na dor que se excita, é no sofrimento das pessoas que veem o mais prazerosos dos orgasmo.

- ganhou de novo? você anda roubando. Afirmou Freed.

- não tenho culpa se você é ruim. Romano expõem o sorriso e o sarcasmo herdado da mãe.

- vamos mais uma vez.

- não, eu quero sair daqui, o que acha de dar uma espiada lá em cima?.

- você não po...pode sair...shiff, dona Constância arrance meu coro se deixar eu sair....shiff.

- mamãe não tem força pra esfolar você, agora eu tenho. Romano se aproxima de Freed olhando no abismo negro dos seus olhos.

- por favor. Freed começa a sentir medo e sem querer o seu olho esquerdo deixar cair uma lagrima mostrando sua medo a Romano.

- que ridículo, eu não vou machucar você Freed, você é meu único amigo. Romano sorri para ela voltando ao seu acento.

- vo...vo...vo...você também bem, é...é...shiff...meu amigo

- e amigos se ajudam, vamos lá pra cima, e não se preocupe com a minha mãe.

Romano então vestiu um roupa nova para subir ao restaurante, ele usa uma blusa branca por dentro de uma casaco de couro, uma calça jeans preta e sapatos brancos. Freed usa um casaco marrom sob uma blusa azul bebe desbotada com calça jeans e sandálias gregas. Eles subiram as escadas devagarinho até a porta escondida no armário das vassouras, lá eles tentaram brexar mas nada conseguia ver, Freed decide abrir a porta e ir na frente para ver se esta tudo bem para Romano passar, ele sai e se depara com a cozinha sem movimento, ele nota uma grande concentração no salão e pede para Romano passar abaixado pela cozinha até as escadas para o Hotel. Ao chegar nas escadas do Hotel Romano fica paralisado quando Augusto passa por ele, a fúria toma seu corpo e a vontade de pular em cima dele é imensamente grande.

- vamos...vamos...shiff. Freed pega nos braços de Romano.

- temos uma conta pra acertar, esse merda me prendeu. Romano fica petrificado no segundo degrau da escada.

- cuid...cuida...cuidamos dele deopis...shiff...ma...mas agora não.

Eles começar a subir os degraus para os hotel, lá de cima eles consegue observar todo o restaurante e o salão cercado de pessoas por todas as partes, consegue ver o pequeno palco na extremidade do salão com Constância sobre ele, Freed tenta puxar Romano mas ele pede para Freed ficar quieto pois quer ouvir a mãe se pronunciar.

- Sim...é isso mesmo, vou leiloar o Hotel e suas terras.

Vermelho ViolaçãoWhere stories live. Discover now