Luta Greco Romana

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Na casa de Jennifer, Apolo está sentado na mesa da cozinha comendo rosquinhas com chocolate quente enquanto lê algumas cartas do baú, seu óculos está desgastado e velho a ponto de perde a cor branca dar lugar a um amarelo areia, Jennifer está do outro lado da mesa lendo algumas cartas também segurando o copo de chocolate quente, ambos inteiramente focados no que estão lendo entretanto essa atenção é perturbada com um grande flash de um trovão.

- o inverno desse ano está sendo pior que dos anos anteriores. Disse Jennifer olhando em direção de Apolo

- é verdade, tenho certeza que teremos um ótimo verão, pelo menos é o que eu espero. Apolo se quer olha pra ela, ele continua a olhar a carta que está em sua mão.

- posso fazer uma pergunta?.

- pode, o quer saber. Ele deixa a carta sobre a mesa e toma uma gole do seu chocolate quente.

- porque quis seguir a carreira policial?

- meus pais eram muito rígidos comigo, diziam que eu seria o médico da família, mas nunca gostei de sangue e agulhas, o sangue é tolerável mas as agulhas. Apolo sorri e recebe o sorriso de Jennifer como resposta. - Então quando fiz dezoito anos entrei para o curso de psicologia, meu pai surtou, disse que conversar não era a profissão de um homem e me mandou para o exército, lá ingressei na academia policial e segui o ramo de investigador criminalista.

- você queria ser psicólogo que interessantes, é uma pena que não tenha persistido em seguir o seu sonho.

- encontrei minha paixão como investigador criminal.

- mas porque este ramo?

- sempre quis entender porque pessoas boas cometem crimes brutais e cruéis, entender o que se passa na cabeça de um assassino em série.

- eu entendo seu desejo mais que ninguém, esse caso deve está sendo um atrativo pra você.

- espero que não me entenda mau. Apolo sorri pois sabe que está errado em se sentir animado com os crimes que foram cometidos na cidade.

Depois de horas lendo as cartas eles se sentiram exaustos, as cartas eram de velha amigas, amores e de convite para conferencias, nenhuma carta tinha algo realmente relevante ou importante para aquele caso. Apolo se despediu de Jennifer, já estava ficando tarde e precisava voltar ao Hotel, no caminho o rádio policial foi ligado e ele recebeu o recado que Augusto é o novo delegado da cidade e que fez uma visita ao Hotel Paraiso naquela tarde, entretanto ao chegar lá Apolo não encontrou o velho amigo e nem seu carro. Ao subir para seu quarto notou um rapaz que saia da cabine da dona Constância, um rapaz que tinha os mesmo olhos que vira na noite do leilão, curioso ele foi até o rapaz que ficou surpreso ao ser tocado por Apolo.

- ei rapaz, tudo bom?. Perguntou ele a Romano.

- sim, você é o cara do quatorze não é?.

- sim, você trabalha aqui?. A pergunta saiu como dúvida apesar de Apolo está com bastante curiosidade.

- não, eu moro aqui, estou construindo uma casa aqui perto, então aluguei um quarto para avaliar a obra de perto sabe.

- sei como é, eu estou reformando a minha nesse momento, sou Apolo é você?. ele estende a mão para cumprimenta-lo.

- Ramon, Ramon Macedo é um prazer em conhece-lo. Romano cumprimenta.

- o prazer é todo meu.

- você tem belos olhos, são reais?.

- oh! Sim, são sim, todos dizem, está conversando com a dona Constância?

- sim, fiz uma reclamação sobre a infiltração que tem no meu quarto, pedi para mudar para o quinze.

- vizinho porta seremos então?. Apolo sorri expondo seu belos dentes brancos entres os lábios vermelho vinho.

- sim seremos, espero que não se incomode.

- de forma alguma.

Romano tinha um brilho nos olhos e um fogo no corpo que a muitos anos não sentia, a muitos anos não se sentia como um garotinha virgem perdido em sensações e sentimentos, Apolo lhe passa essas sensações e por incrível que pareça esse desconforto é atraente para Romano, ele gosta de sentir isso, o faz se sentir bem apesar dos apesares. Após se instaurar no quarto quinze Romano recebe a visita de Apolo, seu vizinho de porta, ele está segurando copo de uísque e na outra mão um cigarro negro que exala uma fumaça doce como mel.

- oie vizinho, acho que já posso chamar assim. Apolo sorri e traga seu cigarro.

- sabe meu nome, pode me dirigir por ele, entre, o que está tomando?. Romano se dirige ao seu frigobar para pegar algo para beber.

- o Velheiro, é um dos meus preferidos. Apolo entra e puxa uma cadeira próximo a mesa para se sentar.

- é uma bom uísque, mas nada se compara ao doce gosto do absinto. Romano tira do frigobar uma jarra com um liquido verde musgo transparente, ele serve a bebida em duas taças e se dirige a Apolo.

- nunca ouvi falar dessa bebida. Apolo se surpreende com a beleza do liquido dentro da taça.

- experimente, e me diga o que acha.

Apolo tomou uma taça e sentiu a bebida se transformar em fogo vivo dentro do seu corpo, escorregando garganta a dentro, queimando tudo por onde passa, entretanto essa sensação foi demasiado agradável para Apolo que se serviu de mais um taça, depois mais outra, mais outra até não aguentar mais. A tontura já lhe toma por completo mesmo ele tentando se manter sóbrio e de olhos abertos.

- então quer dizer que você tinha o sonho de ser psicólogo, isso é muito interessante, nunca tive a oportunidade de frequentar a universidade, tive sérios problemas no passado.

- mas chega de falar mim, vamos falar de você. Apolo se ajusta na cadeira de madeira diante a pequena mesa.

- o que quer sabes?. Romano se prepara para usar e abusar da sua imaginação.

- você não é daqui, estou na cidade a anos e nunca vi você por aqui, então me fale de onde você veio e porque veio pra cá?. Apolo tenta esconder sua desconfiança de Romano mas peca pois Romano sente sua intenção.

- estou sob alguma suspeita senhor policial?. O tom de sua voz não foi de arrogância mas sim de sensualidade.

- devo suspeitar de você, de todos vocês, este hotel está impregnado por morte e sofrimento, ouvi as histórias deste lugar. Apolo tem molhado de suor da cabeça aos pés. Sua camisa está encharcada e tiras de suor escorre do seu couro cabeludo atravessando a testa e até o maxilar.

- e é por isso que está aqui. Romano fica em pé olhando Apolo de cima com ar de superioridade.

- estou aqui a trabalho, acha que gosto desse lugar.

- não é só por isso, toda essa morte, todo esse sofrimento atrai você, o cheiro do medo e da mentira são doces odores de um campo de rosas para você, corpos ensanguentados e gritos de horror são as primícias de um grande orgasmo...vejo isso em você, sinto isso em você. Romano fica com seu abdome a altura da vista de Apolo, a fivela do seu cinto brilha com a luz da abajur.

Apolo observa o que há em sua frente por alguns segundos, seu coração está acelerado, e sua boca está encharcando de saliva e desejo, desejo essa que tem deixado seu corpo quente como brasa e seu membro duro feito pedra.

- não...está enganado... Apolo reprime seu desejo.

- você que se auto engana, está acorrentado a uma moral e ética desnecessária e sem fundamentos, o que há de errado em sentir prazer aonde há dor? Todos os homens tem seus desejos depravados e são estes seu maior desejo, deixe fluir Apolo, deixe que venha para fora o seu verdadeiro eu e permita sentir na pele o prazer da liberdade. Romano encosta seu membro na bochecha de Apolo que por um segundo deixou sua saliva escorre boca a fora molhando um pouco a calça do Romano.

Com um forte empurrão Romano bate o seu corpo na pia da pequena cozinha, Apolo olha em seus olhos com ar de surpresa, fúria e desejo, tudo o que atrai Romano a ele, tais olhos faz Romano avançar sobre Apolo caindo ambos ao chão travando um tipo de luta Greco Romana que acabou em um beijo intenso entre os dois.

Vermelho ViolaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora