O leilão - Parte III

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- que curioso essa situação, estávamos mesmo precisando de um terreno para construir um novo prédio para a prefeitura. Pronunciou Sidarta Gautama.

- faça sua oferta senhor prefeito, seja o primeiro a dar um lance. Constância expõe entusiasmo nas falas.

O prefeito se sentou, passou a mão sobre a barba castanha pensando se faz ou não um lance, querendo ou não a localização do Hotel Paraiso é boa e muito privilegiada sem contar em seu terreno plano e sua vegetação campeira. Augusto estende a mão para que Constância o nota-se.

- e porque quer vender o hotel?. A pergunta dirigida a Constância feita por Augusto foi como um pequeno mas forte vendaval que fez ela respirar fundo e esconder o sorriso dando lugar a um face seria e pensativa.

- não sou uma mulher de sorte senhor Augusto, perdi minha mãe quando vim ao mundo, meu irmão foi assassinado e meu pai morto em praça pública...lutei pra seguir em frente desde menina, mas quando a vida levou meu filho eu não consegui ir em frente, fiquei aqui neste hotel desde então e só agora depois de muitos anos consigo ver que não se pode viver do passado, nada do que já passou jamais vai voltar essa é a verdade, e com isso tomei a decisão de vender este estabelecimento. Engolindo a sua profunda dor, Constância passa as costa da mão nos olhos umedecidos

- pretende ir embora?. Jennifer aproveitou a oportunidade.

- sim, mas para onde vou não é da conta de vocês.

- senhora Constância seu ponto e terreno é ótimo mas venhamos e convenhamos que ele não vale muita coisa, é um lugar amaldiçoado, cercado pelo caos que seu filho deixou. O prefeito foi solene deixando Constância chateada.

- tenho que concordar com o senhor prefeito, o mau paira sobre essas terras, sua família tem sangue ruim senhora Constância. Disse o patriarca dos Alves.

- você não teria metade do dinheiro que vale este hotel, sua empresas de galinhas é fraca e seus ovos na maioria das vezes vem podres, não sei nem o que fazem aqui, são pobre sujos com sangue e merda de galinha correndo nas veias.

Constância não consegue conter sua raiva avassaladora, ela odeia quando falam mal de seu filho apesar do que ele fez, a dor e raiva a cercam e saem de sua boca como navalhas ao vento perfurando o ego da família Alves. Eles ao ouvirem isso se retiraram da festa imediatamente, o senhor prefeito repudio o comportamento de Constância dizendo a ela que não há humildade em sua mãe fazendo assim uma retirada dramática de sua família, não demorou muito que os demais convidados se retirassem também, desgostosos e assustados com o comportamento da anfitriã da festa. Augusto se levanta de sua mesa junto com sua esposa, Jennifer e Apolo.

- que situação mais vergonhosa, a mulher surtou de vez. Jennifer ria da situação.

- não sabia que a senhora Constância tinha um filho, o que foi que ele fez?. Apolo não conhecia esse crime que assombrou a cidade anos atrás.

- um monstro. Disse Jennifer.

- isso não é hora para revirar o passado, senhoras podem ir na frente tenho algo a falar com Apolo, por favor. Augusto fez um gesto para que as moças passassem, mesmo a dona Jennifer a quem ele não se dará bem ele manteve a educação e cortesia.

Ao saírem a diante rumo a saída do salão do restaurante, Augusto puxou Apolo para o canto da janela de vidro distante da mesa onde estavam, ele cuidadosamente oferece a bolo de dinheiro envelopado e uma agenda.

- mas o que é isso?. Perguntou Apolo

- seu primeiro trabalho solo, quero que investigue o Hotel paraíso, descubra a verdade que Constância tanto esconde de nós, esse leilão é a certeza que ela sabe de alguma coisa sobre os crimes desta semana e pretende fugir. Augusto entre a agenda e envelope nas mãos de Apolo.

Vermelho ViolaçãoWhere stories live. Discover now