Território Proibido

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Suspirar contra os lábios de Naruto foi inevitável quando sentiu um aperto forte das mãos grandes em sua bunda. Haviam ido para o quarto dela não muito tempo depois de Hanabi ter saído da sala.

Na cama, o loiro não hesitou em puxar o corpo pelo qual estava completamente viciado sobre o seu. Ter Hinata em seus braços o proporciona uma perspectiva diferente sempre que estavam juntos, e gostava muito da dinâmica que ambos possuíam. Tudo fluía como tinha que ser.

Exceto talvez naquele momento, porque a todo instante Naruto tentava instigá-la. Começou com os beijos tentadores na área do pescoço, onde particularmente ela era mais sensível, já que em poucos segundos via-se rendida pelo atrevimento daquele homem.

Por isso não foi difícil para ele segurá-la até chegarem no cômodo, desejosos e ardentes como sempre ficavam na presença um do outro.

Porém, mesmo com a mente nublada frente às pegadas firmes do homem, Hinata, ainda que com dificuldade, buscou seu resquício de racionalidade, afinal ainda havia algo que ainda não conversaram, e ela precisava saber o motivo.

— Naruto…para, você ainda não disse porquê veio – murmurou, de olhos fechados, quase se entregando por completo.

— Eu só vim te ver, não posso mais? – disse contra a pele macia e alva, adorando o cheiro do perfume dela, tão doce quanto se lembrava.

E puxando toda a força que nem sabia ter, Hinata agarrou o pulso dele ao mesmo tempo que afastava o rosto através da nunca.

Passou a encarar o loiro fixamente quando o semblante dele poderia ser visto por completo. Lá estava, aquele típico olhar de quem a esconde algo, porque essa não era a primeira vez e mesmo estando há somente três meses se encontrando, Hinata conseguia identificar esses mínimos detalhes nele.

Ela sabia que o Uzumaki estava a esperando por um motivo, um muito específico, estava no direito de saber qual era.

— Não minta para mim – disse em um tom de voz firme, que sempre usava quando ele tentava se esquivar de alguma conversa.

— Hina, é sério, não é nada que você tem que se preocupar.

— Pois agora já é tarde. Tem a ver com o sumiço do seu número no meu celular, não é?

Naruto teve que prender uma risada, porque sua hime era esperta demais, inteligente demais. Sequer precisou dizer algo, a astúcia dela a permitia pescar qualquer situação que estivesse o consumindo interiormente.

Contudo, ele não queria dizer a ela com todas as letras que suspeita o motivo desse acontecimento em específico. Envolvê-la em algo seu, do seu trabalho já era demais para si, detestaria caso alguma de suas merdas respingasse nela.

— Agora que já descobri, vou resolver isso. Pode ficar tranquila.

— Certo, mas o que você descobriu? – a desconfiança era palpável no timbre dela – Se isso chegou até mim, mereço saber quem foi e o motivo.

— Por que você é tão exigente, hein?

— Se enrolar mais, vai ficar um mês sem sexo – o sorriso diabólico que ela deu foi o suficiente para convencê-lo e o deixar desarmado.

— Filha da puta – mordeu o queixo dela, antes de se encostar na cabeceira da cama.

Levou o corpo de Hinata junto, sempre com ela em seu colo. Gostava de conversar assim, pois podia sempre ficar encarando as íris claras que tanto o cativavam.

— Você está certa, eu vim aqui ver o que estava acontecendo pra estar ignorando minhas mensagens e ligações. Achei estranho, só isso.

Achou engraçada a forma que a sobrancelha dela se ergueu e viu-a cruzar os braços embaixo do peito, aquilo mostrava que não havia acreditado nem um pouco na sua resposta.