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ATENÇÃO: esse capítulo contém cenas de tortura e morte, se forem sensíveis, é recomendado NÃO LEREM.

Ƹ̵̡⁠Ӝ̵̨̄⁠Ʒ

A sala de espera era aconchegante, diferente do que imaginava. Pensou que veria muitas pessoas…desequilibradas ali, precisando de calmantes na veia ou quem sabe um casaco de força por estarem fora de si.

Certo, sua visão sobre um consultório de psicologia estava completamente equivocado, tudo culpa, talvez, de sua mente sabotadora por se achar auto suficiente demais. Um de seus piores erros, definitivamente, foi pensar que daria conta de tudo sozinha, sendo que no mundo onde viviam, até a pessoa mais cruel e sádica precisa de ajuda para arquitetar seus planos.

Estava a pelo menos duas semanas e meia naquela rotina, apesar de parecer muito mais, pelo simples fato de que todas as consultas eram tão tranquilas. A responsável por atendê-la se chama Ino, de aparência jovial e muito reconfortante, sua voz conseguia a acalmar, transmitindo uma paz sem igual. Parecia até mesmo ser mais nova que si. Mas engano seu, pois a mulher loira exalava experiência.

Normalmente recebia pergunta sobre como foi seu dia, o que fazia para passar o tempo, se gostava de praticar esportes. E o mais engraçado é que através dessas perguntas gerava-se uma grande conversa, que perdurava até o fim da consulta.

Depois, Hinata saia pela porta extremamente bem, pronta para outra e até mesmo ansiosa para retornar no dia seguinte. Conversar com Ino virou uma rotina que adquiriu por ter tomado gosto. O melhor de tudo era que a doutora conhecia Naruto, e tudo quanto ele estava envolvido. Então contar a ela sobre como aprendeu a atirar, dentre outra coisas na facção foi estupidamente tranquilo.

Naquele dia não foi diferente. Estava saindo do consultório, pois avançaram um pouco mais. Dessa vez Hinata evoluiu sozinha ao ponto de começar ela mesma o assunto família.

Narrou a Ino detalhe por detalhe, desde o bullying que sofria na escola ao descaso dos pais. Mostrou todas as cicatrizes espalhadas pelo corpo, causadas dentro e fora de casa. Ousou dizer também como foi que se sentiu a vontade o suficiente para contar tudo a Naruto pouco depois de terem se conhecido.

Ter dito sua história para outra pessoa fez algo diferente causar certo rebuliço em seu interior. Não sabia explicar exatamente o que e como, mas com certeza, aos poucos, iria descobrir. Também, desde que Hanabi viajou de volta para casa, passou a ter mais firmeza quanto as promessas que fazia. A primeira delas, estava dando certo daquela vez.

Saiu do prédio tranquilamente, somente percebeu que as horas estavam avançadas pelo por do sol. É, realmente se empolgou.

Começou a andar tranquilamente, indo para casa. Um sorriso brotou nos lábios. Agora dividia a mesma casa que Naruto, treinava todos os dias com ele, desde tiros até auto defesa. Claro, havia também o sexo que parecia ficar cada dia melhor entre eles.

O loiro deu a sugestão que tirasse carteira de motorista, para que pudesse ir para os locais mais distantes – como a clínica – de carro. Negou, a princípio queria viver tranquilamente essa nova fase, dispensou até mesmo ser levada lá por alguém de confiança dele. Alegou que fazer caminhada ia dar bons resultados para seu corpo sedentário. Por isso mesmo estava com roupas de "academia" e calçava um tenis confortável.

Pensou no que iria preparar para o jantar daquela noite. Deveria agradecer a Ino no dia seguinte por ter trazido a tona seu lado adormecido para a cozinha. Havia se esquecido do quão bom era estar na frente do fogão e deixar sua mente levar para os mais variados pratos de comida que sabia fazer. Tudo era muito terapêutico, a fazia bem até demais.

Estava virando a esquina, chegando em Kamagasaki, quando sentiu seu corpo ser brutalmente agarrado e jogado contra a parede, deixando seu braço e ombro dolorido pelo contato. Chegou até mesmo bater a cabeça, tamanha a força que foi jogada.

Território Proibido Where stories live. Discover now