Território Proibido

bônus - him & I

Seus saltos faziam barulho enquanto caminhava pelo corredor, abafando o som da música alta do clube. Era guiada por um dos seguranças do lugar tendo ao seu lado Sai como uma espécie de imediador. Enquanto andava, admirava o corredor bem iluminado, repleto de detalhes nas paredes, pintadas em cores frias, remetiam exatamente ao que aquele lugar significava: uma fachada para negócios fora das leis.

Tamborilava os dedos na sua bolsa, um sorriso displicente nos lábios a todo instante. Foram questão de minutos até o segurança do lugar abrir uma grande porta anunciando sua chegada.

Hinata definitivamente iria guardar pelo resto da vida a cara de decepção que os homens daquela sala sequer fizeram questão de esconder durante sua entrada. As vozes se calaram e alguns deles se entreolharam tediosos, talvez até mesmo sem entender o que se passava.

Mas logo foi tratar de tirar as dúvidas daqueles rostos ansiosos e velhos.

— Boa noite senhores – se sentou na cadeira, Sai permanecia sempre ao seu lado, com uma postura séria e centrada. Hinata tirou os óculos escuros antes de prosseguir – Naruto acabou tendo alguns imprevistos, então vim em seu lugar para prosseguirmos com a reunião, sim?

Haviam taças de champanhe na mesa de granito, a maioria delas já vazia. Pegou uma taça limpa e imediatamente um dos garçons a serviu.

Ouviu alguém arranhar a garganta, porém ignorou, saboreando a bebida. Ah, uma de suas favoritas, bem geladinha descendo por sua garganta.

— Isso é algum tipo de piada? – foi o que um deles perguntou, somente naquele momento chamando de fato a atenção da Hyuuga.

Bebeu mais um gole da taça, pondo-se a observar de fato o ambiente ao seu redor.

Cada um dos sete homens sentados a mesa, um ou dois seguranças permaneciam como Sai, introspectivos pois o assunto não lhes dizia respeito. Hinata atentou-se para o modo que todos estavam vestidos, bem alinhados com seus ternos caros e certamente calçados por sapatos de couro bem ilustrados.

Os relógios de marca em seus pulsos indicavam que ali, a maioria era dono de uma grande empresa, essas por sua vez, fachadas para negócios que a sociedade condena. Por isso estavam naquela casa noturna, no andar superior, onde só quem era autorizado poderia entrar.

Inclinou a cabeça para o lado, começou a rir.

Os demais sem entender nada, observavam aquela mulher maluca, extremamente jovem e muito, muito gostosa.

As curvas acentuadas visíveis pelo vestido preto justo na altura das coxas torneadas, no busto alguns detalhes brilhosos pelas jóias que usava. As bochechas de Hinata doíam pois continuava a rir, achando realmente engraçado o questionamento.

— Estou com cara de palhaça por acaso? – o riso cessou dando lugar a faceta enigmática que costumava assumir quando tratava os negócios para Naruto. Eles nunca aprendem – Se quiser posso me retirar daqui nesse momento, mas aí irão perder a oportunidade de fazerem um bom acordo, continuar recendo essas drogas falsificadas e vagabundas, seus clientes continuarão a morrer de overdose e a polícia em breve batera em suas portas com mandatos de busca e apreensão. Então irão lamentar na cadeia por terem sido burros demais desrespeitando a mulher do dono de Osaka.

— Urgh, até parece que você sabe alguma coisa – desenhou o grisalho, revoltado por ter perdido seu precioso tempo indo até o outro lado da cidade para não tratar diretamente com o Uzumaki – Não deve nem saber pegar numa arma, garotinha, deveria mesmo era aprender bons modos. Seu lugar não é….

Foi interrompido quando um tiro foi disparado, assustando a todos os demais, os seguranças automaticamente sacaram suas armas em direção a Hinata. Sai prontamente fez o mesmo, uma em cada mão, seu olhar analítico em cada um dos que estão ao redor.