Eu Odeio Minha Chefe (Karlena)

Foi o Lex

- Isso não faz sentido, você enlouqueceu! – Lena dizia irritada. – É uma brincadeira?

Lex tinha um sorriso perigoso no rosto. Um sorriso que Lena não gostou nadinha. O clima estava estranho, no ar pairava promessas tão maldosas que ela sabia que não era apenas uma brincadeira.

Tudo que restava era entender qual seria o plano de Lex e se os danos haviam sido maiores do que ela imaginava. Sua mente a guiando por lugares sombrios. Ela estava cansada das últimas semanas, estava psicologicamente abalada e somente ontem havia tido uma melhora. Tinha se permitido sentir prazer novamente e amar Kara.

E é claro que o universo não ia deixar que fosse fácil algo na sua vida.

- Sabe... – Lex começou, encostando na mesa do escritório e dobrando as mangas da camisa relaxadamente. – Quando as pessoas ficam tristes o suficiente, elas ficam tão distraídas! É incrível como um sentimento tão insignificante consegue tomar conta de pessoas fracas!

- O que você fez, Lex?

- Se você deixar, poderei falar! – Ele fez uma expressão dramática, mas que logo foi substituída por um sorriso malicioso. – Enquanto você estava triste demais pra perceber, eu mandei o meu querido amigo, Otis, fazer alguns contratos com você... Bom, não com você exatamente!

Lex se afastou da mesa e virou o corpo, pegando alguns documentos nas mãos e mostrando em sua direção.

- Sua assinatura é realmente fácil de fazer, sabia? – Ele sorria simples. – E entrar aqui também! Alguns dos seus funcionários não devem gostar tanto de você pra aceitarem alguns subornos tão baratos! – Ele riu. – Acredita que um deles aceitou entregar a chave daqui por míseros cinco mil dólares! Foi a compra mais barata que fiz!

O coração de Lena começou a quebrar. Ela não achava que era possível se sentir tão derrotada assim e ela estava tão cansada pra lutar, ela estava tão cansada pra fazer qualquer coisa. E escutando tudo isso, vendo como ele estava tão tranquilo contando o plano, ela sabia que só pioraria.

Mesmo assim, tudo que ela conseguia pensar, não era na empresa que estava sendo tomada dela. Não era no que Lex estava falando. Era sobre a verdade não dita.

- Você matou meu pai? – Perguntou. A voz baixa pelo cansaço da situação.

E Lex riu. – Você não tem paciência pra escutar, né? Ainda não chegamos nesse assunto! Veja bem, também foi fácil dar outro nome para Otis e marcar uma reunião aqui no seu escritório para fazer você assinar o principal...

Lena o cortou. – VOCÊ... matou meu pai? – Ela podia sentir o sangue aquecendo.

- Ele era meu pai também, sabia? – Lex falava ainda tranquilo. – E eu não sabia que você era tão impaciente, irmã! Eu já falei que o assunto não é esse!

- ME RESPONDA! – Lena gritou, dando um passo à frente.

Ela sabia da resposta. Estava tão obvio, era algo simples. Algo que ela desconfiava desde que soube da notícia. Mesmo assim, ela queria comprovação, ela queria escutar dos lábios dele, para que assim pudesse o odiar com todo seu ser, para que pudesse, quem sabe, o matar com suas próprias mãos.

Porque era essa a vontade que ela tinha agora. E sua mente foi recheada com tais pensamentos, com formas violentas, brutais de o matar.

Nunca teve, em toda sua vida, pensamentos tão cruéis.

- Irmãzinha, você está fazendo uma cena, as pessoas estão começando a olhar pra cá! – Lex falou, com um sorriso divertido. – Não seja mal-educada!

Ela olhou ao redor, vendo que agora os vidros do seu escritório, ou antigo escritório, estava transparentes e não escuras. Fitou a mão de Lex, só agora vendo o controle que mudava o vidro e respirou fundo.