💫 TREZE 💫

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J I M I N


O que eu faço com esse homem??

Nunca sequer imaginei que ele fosse tão observador, que pensava nos mínimos detalhes. A maior referência que eu tinha Taehyung era a nossa juventude, o que vivemos nela.

O garoto excêntrico, debochado, que não tinha medo de nada, mas que no fundo não conhecia nada de si mesmo.

A maior característica dele ficou intacta durante os anos: sua empatia.

Meu amor sempre foi de pensar nos outros, as vezes até mais que em si mesmo e eu o admirava por isso, admirava ver o seu senso de justiça, que as vezes ultrapassava o meu.

Ele daria um ótimo advogado caso esse fosse o seu sonho.

Mesmo que eu visse insegurança em seus olhos a cada vez que ele citava a visita a nossos pais em Daegu, eu sabia que isso era o que ele mais queria. Taehyung nunca foi a pessoa de viver as escondidas com algo por muito tempo.

Ao contrário de mim.

Meus pais poderiam até desconfiar do meu amor pelo de cabelos azuis, mas eu nunca me abri para eles. Apesar de serem muito companheiros, sobre isso eu não tive coragem de contar a ninguém.

Contudo o que sinto em meu peito nesse momento, arrumando nossas malas, é uma sensação de paz.

Sensação essa que me fez questionar o porquê de eu nunca ter me aberto a alguém sobre o que eu sentia por meu melhor amigo? Me aberto aos meus pais que tanto me amavam.

Sei que eles são tão apaixonados por ele quanto os pais dele por mim, mas será que nosso relacionamento vai ser bem aceito por eles?

No auge dos meus quase trinta anos, eu preocupado com a reação dos nossos pais, os pais do Kim principalmente. Pareço um adolescente tímido.

Taehyung precisou ir trabalhar e eu havia conversado com Sungwoon sobre a viagem comunicando minha ausência nesta sexta feira. Meu colega disse que um cliente de Seul lhe ligou dizendo que precisaria de algumas instruções referente a um crime de invasão de privacidade.

Ainda o questionei se ele precisaria de ajuda com isso, pois era um dos assuntos mais delicados que pegávamos no escritório e ele disse que já o atendia a muito tempo e que se precisasse de uma segunda orientação, iria me pedir.

Mas curioso como sou, o questionei sobre de qualquer forma e ele explicou que se tratava de um trabalhador sexual, que possivelmente estava sendo perseguido por algum tipo de sasaeng e que temia pela sua privacidade e a de seu companheiro que não fazia parte do mesmo nicho. Explicou que havia sido apenas um ataque direto e que a pessoa tinha certa influência e dinheiro, mas para a Ha e Park, não havia dinheiro que nos impediria de colocar um criminoso atrás das grades.

Reforcei que se precisasse, poderia me ligar a qualquer momento. Iriamos a Daegu de carro hoje e voltaríamos na terça feira na parte da manhã antes do almoço, mas que estaria atento a qualquer coisa.

Organizei nossas roupas e itens de cuidado pessoal em uma mala grande apenas. Decidiríamos onde ficaríamos quando chegássemos, mas se tudo desse certo com os pais do meu namorado, iriamos ficar duas noites em cada casa, para matarmos a saudade.

Olhei no relógio e já passava das onze da manhã e precisava adiantar o nosso almoço. Tomei meu celular e fui para cozinha preparar o alimento.

Procurei os ingredientes e quis fazer uma carne assada com legumes, totalmente diferente do nosso habitual almoço, exceto pelo kimchi e o arroz.

☆ Nébula ☆ VminWhere stories live. Discover now