💫 QUINZE 💫

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T A E H Y U N G


Olhar em seu rosto e não saber dizer o que ela pensava me doeu como uma facada no peito. Meu pai por outro lado, esboçou uma calmaria que eu jamais sonhara em ver no rosto do velho.

Ela pediu licença e foi em direção a varanda, mas deduzo que ela não vai ficar por ali. Jimin engoliu seco passando a mão por seu rosto.

Meu coração entrou em um ritmo frenético, numa mistura de dor e desespero. Por mais que eu dissesse que "tudo bem se ela não aceitasse", por dentro eu estava moído por ela não ter esboçado nenhuma reação.

Olhei meu appa, que estendeu suas mãos para que eu me sentasse ao seu lado. Sua atitude me pegou um tanto de surpresa, contudo sua calmaria me deu forças para não desabar

Esperava muito que ele me apoiasse.

– Venha cá, Jimin-ah – ele chamou meu namorado que prontamente se sentou do outro lado – Não era o que nós estávamos esperando honestamente, mas saiba que se vocês tiverem paciência conosco vamos cuidar e apoiar vocês.

– Você não está bravo, appa? – meus olhos ardiam com as lagrimas que queriam sair e em minha garganta se formava um nó.

– Bravo? Bravo por você amar meu, filho? – Ele passou as mãos em meu rosto e não segurei a lagrima teimosa – Eu tenho mais preocupação em como as coisas vão ser pra vocês nesse mundo. Estou preocupado e acredito que a causa da reação de sua mãe seja esta também – ele olhou para Jimin – Veja bem, você sabe como as coisas são em nossa sociedade, Deus nos livre alguém resolver fazer algum mal a você ou ao nosso genro. Eu morro, sua mãe morre.

Lagrimas e mais lagrimas saiam de meus olhos e eu entendia bem cada palavrinha pronunciada pelo meu velho.

Appa era um cara que apesar de parecer tradicionalista, muitas vezes repensava muito em seus atos quando reproduzia piadas ou frases que soariam mal interpretadas.

Sempre soube ponderar sua sinceridade e pensamentos e abusar de sua sensatez.

Jimin também chorava observando-nos. Fez menção de se levantar, contudo meu pai pediu que ele ficasse pois queria que tivéssemos juntos nesse momento.

–Vocês são homens maduros, conscientes e um orgulho para nós. Eu estou feliz de estar com ele, Jimin-ah. Sempre admirei a amizade de vocês e saber que ela se tornou em amor me enche de alegria – acariciou o topo da cabeça de Jimin – Fomos pegos de surpresa sim, sempre sonhamos com o tradicional: esposa, gravidez, filhos, mas não quer dizer que não possamos continuar a sonhar com isso pra vocês.

Ouvir isso do meu pai me aliviava. Saber que ele estava trabalhando dentro de si que eu e Jimin também poderíamos constituir uma família ao olhos dele e que estava tudo bem, me confortava muito.

Jimin acabou rindo com a fala do mais velho, já que nós nunca tocamos nesse assunto. Não tínhamos tanta pressa de viver assim, então sempre optamos por ir devagar.

Mas ouvindo-o agora, algo dentro de mim se ascendeu: será que um dia vou chegar a me casar com Jimin?

Depois de mais um tempo de conversa e muitas desculpas da parte do meu pai por, em alguns momentos acabar não sabendo lidar tão bem com a novidade, mas que eu o Jimin sabíamos que era sincero, subimos para o quarto e ficamos deitados refletindo sobre tudo que ocorreu instantes atras.

Meu pai nos avisou que iria atras da omma para saber como ela estava, mas garantiu que não nos preocupássemos.

Em meio a carinhos, beijos e afagos, acabamos dormindo.

☆ Nébula ☆ VminWhere stories live. Discover now