Cuidando de você... Outra vez

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Deitada na cama sozinha, comecei a pensar no quanto morar relativamente "perto" havia ajudado Zac a estar aqui tão rápido. Tudo bem que nem era no mesmo estado, mas o Texas é coladinho a Oklahoma, e Dallas é um lugar onde eu sempre amei morar.

Era o meu lar.

- Spenc? Terra chamando Spencer.

- Ah, oi...

Zac riu quando finalmente olhei pra ele. Lindo daquele jeito com uma calça jeans apertada e camiseta cinza. Ele havia tirado o boné e os óculos estavam presos no cordão com o crucifixo que ele trazia no pescoço.

- Você estava sonhando acordada.

Ele andou até mim e sentou ao meu lado na cama.

- Estava perdida nos meus pensamentos.

Fui sincera, embora não precisasse dizer em quê pensava.

- Espero que não sejam pensamentos ruins. Você está bem?

- Não muito. Mas vou melhorar. Essa carne tá muito cheirosa.

Não resisti ao cheiro da picanha que eu pedi pra ele comprar no restaurante brasileiro que tem perto de casa. Ele obviamente havia me atendido e estava a minha frente com uma marmita de picanha assada, arroz, feijão e farofa.

- Tá cheirosa mesmo.

Disse ele assim que abriu e pegou dois garfos de plástico.

- Não lembrei de pegar pratos. Você quer que eu...

Ele se movimentou pra levantar, então segurei seu braço.

- Não me importo de comer assim. Se você preferir, pode descer e pegar uma faca e prato pra você.

- Eu também não me importo, Spenc. Você sabe disso.

Mais um sorriso daqueles e então ele me entregou o garfo. Apesar da fome que sentia, me tornei incapaz de fazer qualquer outra coisa que não fosse ver aquele homem devorando a carne com tanta dedicação que chegava a gemer comendo.

Deus, parecia um homem das cavernas e estranhamente isso me excitou.

- Tá tudo bem? Você tá com uma cara.

Pigarreei sem jeito por ter sido pega em flagrante enquanto babava por ele e desviei o olhar, não demorando pra olhar pra ele de novo, que agora lambia os lábios com vontade.

Ohh, céus!

Por que esse homem tem o poder de tornar até uma refeição algo tão erótico?

- Tá tudo bem, mas tá meio quente aqui. Acho que vou querer um prato.

Ele pegou um guardanapo imediatamente e limpando a boca, levantou indo até a porta.

- Onde ficam os pratos?

Ele sorriu e tudo que eu queria era enfiar minhas mãos em seus cabelos e puxa-lo pra um beijo.

- Na parte debaixo do armário, a esquerda da geladeira.

Ele assentiu e desceu. Aproveitei os poucos minutos que tinha pra tentar normalizar minha respiração.

Homem gostoso do caramba.

- Achei.

Zac apareceu de repente, com um prato, uma faca e uma garrafa de água nas mãos e colocou tudo na mesinha ao meu lado.

- Demorei porque percebi que não tinha água aqui caso você quisesse. Daí fiquei discutindo comigo mesmo se eu devia ou não abrir a sua geladeira.

Ele falava e ia gesticulando sem parar, me fazendo olhar pras mãos gordinhas e os braços fortes. Sabendo bem do que aquele combo todo é capaz.

ON FIREWhere stories live. Discover now