Stalker

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"Deixe-o ou vou te fazer deixá-lo, desgraçada"

Aquela frase martelava na minha mente enquanto eu andava na minha sala de um lado pro outro.

Quem faria aquilo?

Quem iria até o meu trabalho pra me mandar um bilhete ameaçador... De novo?

Meu coração estava a mil por hora e minha respiração estava acelerada. Eu precisava me controlar, eu precisava me acalmar e pedir ajuda.

E se estivessem me seguindo?

Parei na sala, as mãos entre os cabelos enquanto eu sentia que estava enlouquecendo. Foi quando olhei pra porta, em seguida pro chão, e lá estava.

Outro envelope.

Lágrimas desceram por meus olhos e por um instante eu não consegui me mexer.

Será que aquilo já estava ali e eu não vi?

Ou foi colocado depois que entrei?

Como eu não percebi?

Por Deus! Eu precisava ler.

Mas eu não queria.

Mesmo contra a minha vontade, andei com passos lentos até a porta, verificando antes se estava trancada e então peguei aquele pesadelo em forma de papel. Segurei um soluço enquanto abria. Meus nervos estavam a flor da pele e eu sentia que poderia desmaiar a qualquer momento. A tremedeira das mãos passou pelo corpo inteiro quando li o segundo bilhete do dia:

"Você não é mulher pra ele... Zac merece muito mais e você sabe disso."

Meu Deus!

Por que isso estava acontecendo?

Por quê?

Por que as pessoas não nos deixavam em paz?

Eu estava apavorada, mais do que isso. Eu estava surtando, literalmente surtando. Meu corpo não respondia aos meus comandos, eu queria me afastar da porta, eu queria correr até o meu quarto e me trancar no banheiro enquanto pedia ajuda.

Mas eu não conseguia me mexer.

E se o perseguidor ainda estivesse do lado de fora?

E se... se só estivesse esperando que eu dormisse pra...

Eu precisava pedir ajuda.

Você consegue, Spencer! Apenas alguns passos até o sofá, seu celular está lá.

Você vai ligar pro seu pai, e vai ficar tudo bem!

Madeline precisa de você!

Meu corpo inteiro tremia, mas ainda assim eu me forcei a buscar meu celular, quando o segurei em minhas mãos percebi que as lágrimas e o tremor dificultariam meu pedido de ajuda, mas eu não podia desistir.

O susto que levei quando meu celular tocou em minhas mãos me fez derrubar o aparelho no chão ao mesmo tempo em que gritei. O aparelho caiu no carpete, a tela virada pra cima me permitindo ver quem era.

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