Despedida

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Droga!

É claro que eu ia contar tudo pra ele.

Eu só queria que ele soubesse de outra forma.

- Oi, meninas! Como foi a tarde de vocês?

Perguntou ele andando até mim e me dando um selinho carinhoso, embora eu percebesse a diferença em seu olhar.

- Foi tudo bem! E você passeou muito por Dallas?

Hillary perguntou olhando diretamente em seus olhos. Ele desviou e olhou pra mim.

- Não fui passear, apenas queria comprar uma coisa pra Spenc.

Ele balançou a sacolinha em suas mãos me deixando extremamente curiosa. Parece que ele tinha tido tempo suficiente pra ir até a polícia e depois comprar alguma coisa pra disfarçar.

- Mas é surpresa. Mais tarde eu te deixo abrir.

Fiz uma careta de sofrimento e ele finalmente sorriu.

- Você comeu?

Perguntou ele, sentando no encosto do sofá, assim meio de lado. A bunda grande e redonda não caberia ali.

Salivei ao lembrar.

- Sim! E você?

- Não! Mas agora estou com fome.

- Você quer que eu esquente a comida pra você? Ainda tem bastante, você pediu comida pra um batalhão.

Aria falou rindo e ele riu de volta, enquanto passava as mãos pelos cabelos.

- Não precisa, Aria. Eu mesmo esquento e vou aproveitar e pegar os remédios dessa mocinha aqui.

Ele acariciou meu rosto e depois passou a mão na minha barriga.

- E sua mãe se comportou? Pode contar, papai vai te proteger.

Ele disse brincando com a nossa filha tirando risadas de todas as minhas amigas.

- Não levantei pra nada, mas agora quero ir ao banheiro.

- Seu transporte chegou, senhorita.

Disse ele dando a volta no sofá e me pegando no colo.

- Já volto, meninas.

- Ou não.

Ele riu piscando pra elas que sorriram de volta. Era automático. Zac parecia ter um ímã que atraía as pessoas pra si.

- Vou te deixar aí enquanto pego água e seus comprimidos.

Assenti e fechei a porta, imaginando a conversa nada agradável que teríamos quando as meninas fossem embora. Após lavar as mãos ele voltou com a garrafa e meus remédios, tomei tudo e então ele me ergueu novamente.

- Será que elas demoram pra ir embora?

Cochichou ele me fazendo rir enquanto me levava pra sala de volta.

- Não faço ideia. Mas espero que não. Quero saber como foi lá.

Ele apertou os lábios, provavelmente querendo me poupar dos acontecimentos.

- Está entregue, senhorita. - Zac me colocou sentada no sofá de volta e apoiou meu pé na mesinha de centro onde estava antes. - Quer comer alguma coisa, meu amor?

Senti meu coração acelerado ao ouvir, eu sabia que não era a primeira vez, mas ele nunca havia me chamado assim na frente de outras pessoas.

- Não! Mas você tem que comer.

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