Capítulo 08

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Víbora

Mó preguiça de cozinhar, então só comprei comida pronta no restaurante que tem aqui perto da minha base. Hoje tô sem ânimo pra fazer nada, sem nem com que paciência e disposição levantei cedo e fui pra boca.

Esse bagulho de ser gerente geral é cansativo, mas meu coroa praticamente me obrigou ser, então o que tenho que fazer é continuar no meu cargo.

Já me acostumei, mas não era bem isso que eu queria. Meu sonho sempre foi ser arquiteta, tá ligado? Mas se pá que talvez essa parada não fosse pra mim, Grego mermo dizia que meu destino é isso aqui. Posso fazer mais nada se já tô envolvida.

Falando nele...

Grego: Ainda tá aqui pq? - perguntou parando na minha frente.

Víbora: E pq tu num bate na porta antes de entrar? - ele riu sem ânimo.

Grego: Não me faz perder a paciência, parceira. Tá na hora de voltar.

Víbora: Mermão, aquela boca tá virando moradia minha e de Santos. Nós só vive lá.

Ele foi pra cozinha sem nem me dizer mais nada e eu fui pro meu quarto. Tranquei a porta e me joguei na cama. Tô indo pra lugar nenhum, pq não tem motivo de eu viver lá olhando pra cara daquele povo.

Não demorou e ele começou esmurrar a porta. Nunca vi ser mais insuportável que esse, sem neurose mermo. Ainda bem que minha mãe morreu, pelo menos assim ela pode descansar em paz sem ter que aturar ele. Bem que eu queria tá naquele carro com ela.

Grego: Irresponsável! - gritou bem alto, logo parando com o show dele.

"Irresponsável", ah me poupe. Seboso.

O Morro e Eu Onde as histórias ganham vida. Descobre agora