Capítulo 27

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Santos

Joguei minha mochila bem longe, colocando o tênis em qualquer lugar. Liguei a televisão e tava passando justamente a droga de um filme romântico, aquilo só me estressou mais ainda, desliguei novamente, jogando o controle bem longe.

Olhei o porta retrato com a foto de Shayla e isso me fez lembrar dos nossos momento, minha garganta tava quase fechando de tanto ódio que eu sentia de mim mesmo. Gritei de raiva, socando a parede e me encostei ali.

Hoje recebi mensagem de um número desconhecido. Mais uma ameaça, só que dessa vez mandaram uma foto da Shayla e disseram que a próxima vítima seria ela.

Falei que ela era só mais uma na minha vida e que eu num tinha nada sério, era só uma diversão. Tive que inventar mais uma pá de coisa que nem gosto de lembrar, por isso resolvi terminar. Meu coração pedia que eu apenas protegesse ela, mas a mente pesa, tá ligado? Mulher nenhuma merece essa vida que eu tinha pra oferecer à ela, pô.

Até quando ela ia ter que se esconder? Pq o único jeito de nós continuar junto era se escondendo até quando não desse mais e nós acabasse morrendo. Não quero mais nem um tipo de aproximação e isso é pro bem dela.

Celular tocou e eu nem dei bola, recusei a ligação e respondi as mensagem do Sam. Nós tamo investigando o Grego, tem uma pá de gente querendo a cabeça dele numa bandeja e eu sou um desses.

Nós achou o paradeiro do mandado dele e tá só esperando uma boa oportunidade pra dá o bote. Esse sujeito é quem trabalha pra ele já faz uma cota, ninguém conhecia, mas pelo que Víbora descreveu nós conseguiu montar o quebra cabeça direitinho.

Pegando aquele ali, meu patrão, é tchau pro reinado desse comédia! Lógico que tô tendo ajuda de uns mano de confiança do comando e até um delegado que é fechamento com geral da facção.

Ligaram de novo e dessa vez eu atendi.

Santos: Fala. - emborquei a garrafa de cachaça na boca e depois num copo.

Simone: Tua mãe tá no hospital. - fiz careta sentindo o álcool descer rasgando minha garganta.

Santos: Caô! O que rolou? - apoiei o celular no ombro, inclinando a cabeça pra ele não cair, enquanto eu guardava os prato que tava em cima da mesa.

Simone: Esfaquearam ela. - ajeitei novamente o celular no ouvido.

Santos: É o quê? Como assim, Simone?

Simone: Ah, Igor, eu não sei. Entraram na casa dela e quando eu cheguei ela tava lá jogada no chão. - puxei a cadeira, sentando.

Santos: E como ela tá?

Simone: Fez duas cirurgia e agora tá em coma. Doutor disse que ela pode acordar a qualquer hora... Ou não né. - suspirei, olhando pra parede.

Santos: E tu sabe quem fez isso?

Simone: Grego, lógico né. - já era de se esperar.

Santos: Tem certeza?

Simone: Teu pai é que não foi. - brinca muito mermo. - dá um jeito de acabar com esse homem, pq se não eu mesma vou fazer isso.

Santos: Tá, pô. Já é. - antes de eu perguntar mais alguma coisa ela desligou o celular.

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