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Hello, hackers! Welcome to the Kalac Project. Sentiram minha falta?

⚠️🚨 ATENÇÃO 🚨⚠️

Esse capítulo pode conter partes sensíveis envolvendo relacionamento familiar abusivo, comportamentos narcisistas e cenas sexualmente explícitas. Caso cause algum desconforto, peço que pare a leitura. Lembrando que comentários ofensivos e desrespeitosos serão excluídos. 

Sugestão: Só coloquem o restante das músicas quando o JK for arrumar a caminha dele no chão.

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22 de setembro de 2022, quinta-feira | 00:57


"Às vezes, pop-ups são usados apenas para confundir os usuários enquanto os vírus se camuflam em seus sistemas."


Certa ocasião, ouvi de uma senhora desconhecida que todas as nossas relações são como grandes castelos de cartas: esplêndidas, com ligações complexas que se iniciam de maneira simples, e seguem elevando-se ao longo dos dias a fim de alcançar um único objetivo: a conexão única e verdadeira. Cada um dá o apoio necessário para o outro ficar de pé, seja este por meio de palavras, conselhos, carinhos ou proteção. Tudo é um conjunto perfeito, no qual se resumia em: saber dar e também aprender a receber, exatamente como faz o papel quando entra em contato com a outra parte.

Na época, achei a analogia muito poética. Porém, descobri com o tempo que a maioria dos poemas esconde através de suas palavras ritmadas: uma dor enorme e trechos recheados de críticas à base de ironia.

A meu ver, vínculos são sim, como essas estruturas de baralhos, mas nem de longe afirmo isto devido aos motivos que ela comentou. Para mim, eles são frágeis assim como as junções de cada carta, e da mesma forma que a pirâmide desaba ao sofrer um abalo em sua base, nossas uniões tendem a ter o exato destino quando somente uma das partes se esforça para mantê-la de pé.

É dessa forma que vejo a minha relação com Park Choena. Algo unilateral, onde estou começando a cansar de ser a parte que, literalmente, lhe sustenta. Não há equilíbrio entre nós e o mais triste é que quando olho para frente, percebo apenas uma dama de ouros: alguém solitária, a qual se importa só consigo mesma.

— Jimin! Acorda para vida. — grita, fazendo-me dar um sobressalto. — Mesmo velho não deixou de ser lerdo? A água já ferveu.

— O quê? — questiono, desligando o fogo ainda perdido nos pensamentos. — Desculpe!

— Como estava dizendo... Sabe quão vergonhoso foi largar tudo na loja? — reforça, impulsionando-me para o lado com brusquidão. — Deixa! Eu faço, você já tá me irritando.

Desculpe. — repito aos sussurros, com medo de que ela escute.

Atordoado graças a presença repentina perambulando minha casa, encosto na bancada e permaneço ali, analisando cada detalhe seu. A magreza extrema, o fungar constante de nariz, as feridas de queimaduras nos pulsos e o modo inquieto como abre os armários são realmente assustadores. Definitivamente, ela não é mais a mulher que conheci. Na verdade, sequer assemelha-se com aquela das fotos que recebia.

Projeto Kalac • JikookWhere stories live. Discover now