"books"

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 Depois que Potter foi embora, Draco não sabia muito o que fazer naquela casa. Estava aliviado de certo modo, Theodore não sabia onde ele estava, sem falar que estavam protegidos por diversos feitiços.

 Lyra estava lendo, e Scorpius estava…bem, Malfoy não havia entendido o que seu filho estava fazendo. O pequeno loiro estava sentado no chão da sala, com duas panelas que ele tinha tirado de dentro do armário da cozinha. E aparentemente tinha colocado o gato de pelúcia dentro de uma das panelas…?

 Draco não costumava deixar ele fazer aquela bagunça toda, mas o garotinho não tinha nenhum brinquedo, e que mal faria? Era só lavar antes de usar. Não era como se Nott fosse ver, e gritar com ele por ser um irresponsável.

 Ele sabia que não era um bom pai.

 Mas faria de tudo para deixar seus filhos felizes e distraídos de todo aquele caos que estava acontecendo.

 - O que você tá fazendo, meu amor?- O ômega perguntou, se agachando para ver o filho mais de perto. Ele era tão fofo… Seria uma cópia dele, se não fossem pelos cachinhos que Scorpius tinha. Cachos bem loiros, que faziam ele ficar com uma aparência ainda mais inocente.

 O cabelo de Lyra era igualzinho quando era bebê.

 - Brincando de navio!

 - Navio?- Draco o olhou confuso, enquanto Scorpius conseguia ver perfeitamente como aquilo era um navio.

 - Eu não tenho um barquinho, então peguei a panela. Virou um barco bem maior! Só que eu não cabo.

 - Caibo, Scorp.

 - Isso.- Ele riu, acostumado a falar muitas coisas erradas ainda.

 - Então seu gatinho de pelúcia está no barco?

 - E eu também. O mar tá bravo.- Ele pegou a panela com uma das mãos e começou a balançar a mão para fazer o objeto tremer, o que tirou um riso do pai. Scorpius ficava fazendo os “efeitos sonoros” com a própria boca, fazendo sons que Draco achava a coisa mais linda. Tinha vontade de apertar ele. E a filha também, mas ela já tinha praticamente a altura dele, não dava para colocar no colo.

 - Tudo bem. Vou te deixar brincando.

 - Faz um sanduíche pra mim, papai?

 - Claro.- O ômega fez um carinho breve nos cabelos do filho, se levantando em seguida.

 Ainda era estranho. Claro, não estava ali nem um dia sequer, mas depois de tantos anos praticamente sem sair de casa, era algo anormal pra si ver um ambiente novo. Haviam outras coisas fora daquela mansão. 

 A cozinha era bonita. Pequena e simples, mas bonita. As cores que formavam a casa toda eram cores calmas. Provavelmente havia sido feito de propósito. Afinal, eles estavam ali fugidos de alguém, escondidos por sua própria segurança…. Qualquer coisa que transportasse conforto seria o mais adequado.

 Haviam algumas janelas na cozinha, deixando o lugar bem iluminado. Viu que o lado de fora tinha um espaço enorme. Praticamente uma clareira. Ao redor haviam árvores bem altas e de troncos grossos, assim como arbustos cheios de flores. Era muito bonito.

 Às vezes, quando as coisas estavam insuportáveis com Theodore, ele fugia pro jardim e ficava lá. Vendo as flores, ou simplesmente ficava sentado na grama, tentando se desligar o suficiente para esquecer o que estava acontecendo com ele.

 Sorriu um pouco ao se lembrar de uma vez, onde foi com Lyra para o jardim, Nott tinha ficado trancado no escritório praticamente o dia todo, e a noite do ômega havia sido difícil. A filha estava com 3 anos na época.

His Savior- DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora