His Savior- Drarry

marriage

   No fim das contas, Lyra tinha aceitado a ideia de ir no casamento junto. O argumento dela era que ela queria saber como os trouxas casavam. Sabia que rituais envolvendo mágica eram feitos em casamentos bruxos, então ela ficou morrendo de curiosidade.
  Narcisa tinha saído para comprar roupas junto com o filho só para a ocasião, falando que Potter tinha um gosto para roupas simplesmente deplorável. O homem só aceitou. Afinal, não queria arrumar problemas com a mãe do namorado.

  Ron falava que era a sogra dele, mas isso fazia ele corar. Ainda ficava tímido ao se imaginar casado com o ômega.

  (Não que ele fosse contra a ideia.)

  O casal quase acabou se atrasando por não conseguirem parar de beijar. Harry não tinha conseguido lidar com o quão lindo o namorado tinha ficado naquela roupa toda formal. Draco só ria baixinho entre os beijos, se sentindo no céu com todo aquele carinho.
- Nós realmente deveríamos ir.- Ele comentou, tentando ajeitar o cabelo do moreno pela milésima vez.
  - Talvez. Se bem que eu tenho certeza que eu viu gostar muito mais de te beijar e ficar aqui.
  - Você que deu a ideia de ir pro casamento.- O homem riu, finalmente se levantando da cama e esticando a mão, para ajudar o outro a se levantar também.

  Chegaram no andar de baixo, se deparando com Lyra no sofá, vendo Scorpius pulando e jogando o dragão de pelúcia para cima.

  - Prontos?- Potter perguntou, fazendo os dois olharem na direção dos adultos. Lyra fez uma careta de leve ao ver que os lábios dos dois estavam um tanto avermelhados, e tinham demorado muito mais tempo do que o necessário no quarto. Ela realmente não queria saber o que o moreno estava fazendo com o pai dela.
  - Uhum. O Scorp já tá fazendo um buraco no chão.
  - Eu quero saber como eles casam! É muito estranho, Harry?- O menino estava uma gracinha, vestido todo social, os dois homens se seguravam para não morderem ele de tanta fofura.
  - Não, é bem normal, na verdade. Vocês vão ver.

  Os dois jovens se olharam, parecendo ansiosos com a ideia de ficarem rodeados de trouxas, sem poder dar qualquer tipo de bandeira de que eram diferentes deles em qualquer aspecto.

   - Vem, eu chamei um taxi, já deve estar pra chegar.- Harry pegou na mão de Draco, que foi seguido pelos filhos até o lado de fora. O loiro ainda estava nervoso em saber que iria conhecer a família de sangue do alfa, principalmente pelas coisas que havia escutado sobre eles. Ainda estava enfurecido com o que escutou, e sabia que talvez não tivesse uma paciência muito boa....

  Mas perdia aquela raiva toda quando virava para o mais alto, e via a forma apaixonada que ele estava o olhando. Não precisavam arrumar confusão naquele casamento. Só iriam assistir a cerimônia, ficar um tempo na festa, e ir embora.

  Potter, no fim das contas, acabou não comprando nada. O próprio primo tinha dito para não presenteá-lo depois de tudo o que havia feito, e o moreno achou cômodo. Não iria ter que se preocupar com presentes daquela forma.

  As coisas no relacionamento deles estavam indo perfeitamente bem. Mesmo que recebessem comentários ofensivos, ou simplesmente desnecessários com uma certa frequência, ainda se amavam intensamente, e Harry sabia que Draco estava melhorando. Os pesadelos tinham diminuído bastante, mas ainda não conseguia lidar com gritos ou com toques por trás.

  O alfa acabou tocando em sua cintura por trás, e quando foi olhar nos olhos do ômega, viu como eles estavam lacrimejando. Pediu mil desculpas naquele dia, mas Malfoy o afirmou que não era culpa dele. E o mesmo sabia que o namorado nunca mais seria o mesmo, independentemente de quanta ajuda recebesse... mas estava tudo bem. Iria amá-lo de qualquer maneira.

  - É o senhor que chamou?- Um homem de meia idade perguntou assim que desceu a janela do carro escrito "táxi" bem grande na lateral.
  - Eu mesmo.- Ele abriu a porta de trás para o namorado entrar, assim como as crianças, que acabaram entrando primeiro.
  Tanto Lyra quanto Scorpius olhavam pelo carro com expressões curiosas, e até mesmo Draco passou a ficar surpreso com o automóvel no momento em que o carro começou a andar, e viram outros carros passando do lado deles.