Capítulo 12 - Estudo

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— Ayra —

Eu e Lina estávamos conversando fazia um bom tempo, e minha preocupação da demora de Eyder voltou. Ele estava a um bom tempo sumido, mais uma vez alguma coisa estava errada, as únicas coisas que me mantinham calma era pensar que a cidade era grande e estava de dia. Eu não sabia o que mais pensar para me acalmar.

Eu não estava calma, mas Lina, que provavelmente estava lendo os pensamentos que eu deixava escapar, disse com tranquilidade:

— Calma, ele só deve ter se perdido, errado uma rua. — Eu assenti com a cabeça. — Agora me diga, como você usa tão bem o vocabulário se você esteve presa por tanto tempo?

— Eu tinha aulas, tipo de gramática, geografia, história, até mesmo matemática.

— Você teve? Mas o que eles ganhavam em te ensinar?

— Aparentemente, muita coisa, eles queriam compreender a minha habilidade o máximo possível, então eles me ensinaram, comecei a estudar quando cheguei lá, até o que era chamados quase conclusão do ensino médio?

— Por que quase?

— Depois da minha primeira fuga eles pararam. Eu acho que eles só me ensinaram a ler e escrever porque tinha uns experimentos que necessitavam disso.

— Nossa sério? Mas e as outras?

— Todas as matérias que eles me ensinaram foram necessárias para algum experimento em específico.

— Poderia, sei lá, eles terem parado de te ensinar por que não precisavam mais para treinar sua habilidade e só culparam sua fuga para você se sentir culpada?

— Poderia ser isso sim, mas eu lembro de ouvir sobre um projeto que demandava uma grande quantidade de ensino. Mas não duvido nada que seja o que você falou.

— Mas que incrível que você teve aulas no domo.

— Não é? Eu não achei que isso fosse possível — disse uma voz masculina vindo de trás, respirava com pausas, bem ofegante.

—Eyder — eu e Lina dissemos ao mesmo tempo.

— Finalmente consegui chegar, não temos tempo, chame todos temos que sair daqui eu conto o que aconteceu no caminho.

— Certo — dissemos em uníssono.

Logo todos voltamos a nossa caminhada infinita, pela voz de Eyder pensei em como melhorar a barreira e a melhorei em vários pontos. Fiz como se fôssemos invisíveis por completo agora, só esperava que desse certo. Enquanto caminhávamos um do lado do outro, olhei para ele para instigar ele a falar. Mas ele parecia concentrado demais, eu teria que perguntar para valer.

— E então? O que aconteceu lá?

Ele olhou para mim, como se estivesse com um pouco de dificuldade de voltar a si e então disse:

— Esqueci, vou te contar tudo. Eu fui avisar o diretor que estávamos quase chegando para ele preparar o transporte já que estamos em 50, até aí tinha uma quantidade normal de CHEs. Só que eu acho que ter que usar a droga de um orelhão é em parte o que me entregou, mas é o nosso único meio de comunicação seguro.

— Mas então o problema foi na volta?

— Exato. Quando eu estava fazendo a minha caminhada para chegar aqui, eu reparei que um dos CHEs me viu e olhou nos meus olhos, eu tive certeza de que ele sabia, então tive que despistá-lo.

— Você não se perdeu? — lembrei do que Lina havia me falado.

— Nem tinha como, tenho toda cidade decorada, não é a primeira nem a última que eu faço dessas de resgate ou outras missões.

Olhos BrancosWhere stories live. Discover now