Capítulo 31: "Cirurgia"

5 5 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Jay estava na sala com o Oráculo, segurando uma bebida que lhe foi entregue

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Jay estava na sala com o Oráculo, segurando uma bebida que lhe foi entregue.

— Tome essa bebida. Ela vai te anestesiar.

Jay dá um gole na bebida e faz uma careta imediatamente.

— É a pior coisa que já tomei! Acho que vou vomi...

Antes que pudesse reagir, ele adormece repentinamente.

— Etu Operee Maim — O Oráculo diz, enquanto fecha a porta.

Enquanto isso, os outros meninos estavam com o Dragão, longe dali.

— O treinamento começa agora. Comecem fazendo 5000 flexões —  o Dragão ordena.

— 5000 FLEXÕES?? — os dois disseram ao mesmo tempo, chocados.

— Vocês têm 5 minutos para acabar. Comecem! — O Dragão os pressionou.

Os meninos começaram os exercícios, confusos e sob pressão. Enquanto isso, Jay acorda em um lugar escuro, desorientado.

— Onde estou? Que lugar é esse? — ele murmura para si mesmo enquanto começava a explorar o ambiente.

Enquanto caminhava, Jay depara-se com uma espécie de sombra cinza.

— Você pode me ouvir? — Ele pergunta à sombra, mas não obtém resposta imediata. A sombra, gradualmente, toma uma forma humana e começa a se mover. A cena se desdobrava diante dos olhos perplexos de Jay enquanto a pessoa, com uma expressão de angústia, falava.

— Desligue minha mente, desligue essas notícias na televisão. — A sombra andava de um lado para o outro, visivelmente perturbada.

— Diga a ele que eu estou pronto. —  a voz tremula continuava, e suas palavras saíam de forma desconcertante.

— O que ele está falando? — Jay se pergunta.

Enquanto a sombra tomava uma forma mais nítida e o ambiente ao redor se tornava mais claro, Jay começa a se questionar:

— Estou em um hospital?

A pessoa que agora se tornava visível tinha uma aparência jovem, cabelos negros e parecia incrivelmente estressada.

— Está tudo muito alto, estou me perdendo nessa multidão... — Ele coloca as mãos na cabeça, como se estivesse lutando contra alguma agonia interna.

Outra voz surgiu, dizendo:

— Quanto maior a sua subida, mais forte é sua queda.

Os dois se encararam. Surpreendentemente, eram idênticos, como se fossem dois clones ou duas personalidades diferentes.

— Me parece que um deles é mal e o outro bom... — Jay sussurra.

A situação tomou um rumo diferente quando o primeiro homem explodiu em um acesso de raiva.

— ISSO É TUDO CULPA SUA! VOCÊ É O MOTIVO DE EU ME ODIAR! — Ele chorava, deixando Jay confuso o em meio a esse estranho conflito interno.

Os dois homens continuaram a proferir frases desconexas, como se estivessem presos em um tormento interno.

— Eu não posso ser lembrado por ninguém, estou cansado de tudo isso! —  um deles murmurou, enquanto o outro gritava:

— EU TE ODEIO! TE ODEIO! EU SÓ QUERO SER ALGUÉM NORMAL!

— Minha cabeça está enterrada na areia há muito tempo. —  disse um deles. A conversa se tornava cada vez mais incoerente. Jay estava confuso, observando-os e pensando:

— Ele está falando coisas cada vez mais sem sentido.

Os dois de repente se calaram e recitaram uma série de palavras desconexas em uníssono:

— Décimo-primeiro. Lola. Morte. Terra. Desperta. Criança. Fenda.

— O que estão falando? — Jay perguntou, sentindo-se cada vez mais perturbado. Antes que pudesse obter uma resposta, tudo ao seu redor começa a distorcer e perder forma.

— Décimo-primeiro. Lola. Morte. Terra. Desperta. Criança. Fenda —  eles repetiram, e a realidade começava a desmoronar.

— Isso não está certo... preciso sair daqui rápido! — Jay sai correndo, enquanto as pessoas ao seu redor se transformavam novamente em sombras.

— Alguém me tira daqui!!! — Ele grita, correndo sem direção, com seu desespero aumentando a cada passo.

De volta ao mundo real, Jay estava se debatendo na cama.

— ALGUÉM ME TIRA DAQUI!! — Ele grita em agonia, enquanto o Oráculo observava, preocupado e desesperado por entender o que estava acontecendo com Jay.

— Espera aí, o que tá acontecendo? — O Oráculo diz, se aproximando.

A espada de Jay, mesmo na realidade física, começa a tremer, ecoando as perturbações em sua mente.

— Zafira, acorde! Por favor! — O Oráculo diz, desesperado.

Enquanto corria sem rumo, Jay para subitamente.

— Eu ouvi uma voz... EU ESTOU AQUI!! — Ele grita.

— Aqui! Aqui! — Jay diz enquanto se debatia.

O Oráculo, observando Jay em agonia, pega uma compressa de gelo e a coloca na testa do jovem. Jay, enquanto ainda estava imerso em seu pesadelo, começa a refletir:

— O que eles me falaram mesmo?

— Décimo-primeiro. Lola. Morte. Terra. Desperta. Criança. Fenda. — Jay repete. Ele estava se debatendo menos, como se estivesse começando a acalmar-se.

O Oráculo pega um caderno e começa a anotar as palavras de Jay.

— Décimo-primeiro. Lola. Morte. Terra. Desperta. Criança. Fenda...

— O que eles queriam dizer com aquilo? Quem eram eles? — Ele ainda estava preso naquele lugar escuro, tentando desvendar os enigmas de seu pesadelo.

Enquanto isso, nuvens começaram a se formar ao redor do templo onde Jay estava. E, de forma surpreendente, uma alguém vestindo uma capa marrom aparece no mesmo local escuro. Jay olha com surpresa e diz:

— Você... não pode ser...

O homem tira o capuz, revelando sua verdadeira identidade.

— Não sei quem te fez ver essas coisas, mas não posso deixar isso acontecer novamente. —  diz Bux enquanto estendia os braços na direção de Jay.

Um raio enorme, acompanhado por um estrondo ensurdecedor, cai no telhado do templo, causando destruição por onde passava até atingir Jay, que acorda de repente. O choque ainda visível em seu corpo.

— Zafira? O que aconteceu? Você está bem? — O Oráculo pergunta, levantando-se do chão, preocupado com a situação.

— Eu vi. EU VI ELE! — Jay responde. Seu corpo está coberto de suor e sua respiração está ofegante. O encontro com Bux, mesmo que fosse apenas em um sonho ou visão, havia deixado uma marca profunda em sua mente. O mistério e o perigo pareciam estar mais próximos do que nunca.

Corruptible - Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora