O capítulo se inicia uma semana mais tarde, com Trois encolhido em um canto da mesma sala, visivelmente atormentado.
— Saia daqui... SAIA DAQUI!!
Ele agarra a cabeça, perdendo-se em seu próprio tormento.
— Não aguento mais... alguém acabe com meu sofrimento, eu imploro!
Bux abre a porta da sala.
— Os dois já chegaram. Quando quiser, pode ir matá-los. — Bux fala com indiferença.
— Eu te odeio. — Trois lança um olhar carregado de ódio em direção a Bux.
— Muitos me odeiam, mas me agradecerão quando concluir meu plano. — Bux responde com uma frieza calculada.
Trois, desesperado, pega uma faca de cima da mesa.
— Chega! Já me cansei disso!
Ele tenta enfiar a faca em si mesmo, mas sua ação é rapidamente interrompida por um acontecimento surpreendente. A faca simplesmente desaparece.
— O que? Como assim?
— Você é esperto, Trois. Esperto o suficiente para saber que eu controlo aqui. — Bux diz com um sorriso malicioso.
Do outro lado do planeta, Lumine, Rebecca, Goma e Astrid percorrem as ruas da cidade, seguindo uma trilha de mistério.
— O último caso foi nessa casa.
Os quatro investigadores entram em uma casa abandonada, e Rebecca começa a explicar.
— Pelo que eu sei, um homem vinha até aqui comprar drogas, quando desapareceu.
Astrid estala os dedos e um vulto que imita o homem surge.
— É o homem que morreu! — Lumine aponta, reconhecendo-o.
O vulto reproduz as ações do homem original, recriando o momento do desaparecimento.
— Tenho dois pacotes aqui. É pegar ou largar — diz o vulto do homem.
Porém, uma presença aterrorizante surge quando o vulto de Bux faz sua aparição.
— Você não é nada... não passa de um rato fraco e inferior. — provoca Bux.
— O que disse? — O homem se irrita e saca uma arma.
Bux suspira, e os vultos se desfazem.
— É isso. Não consigo reproduzir nada que acontece depois.
Astrid estala os dedos novamente, fazendo os vultos desaparecerem.
— É aí que ele desaparece... — Rebecca diz, colocando o dedo no queixo.
— Mesmo se Bux fizesse algo a ele rapidamente, nós seríamos capazes de ver. — Goma acrescenta.
— Quanto mais investigamos, mais confusos ficamos. — Astrid conclui com um toque de frustração.
— Precisamos resolver tudo isso logo, antes que ele faça mais vítimas... — Lumine diz, enquanto examina o lugar.
Os quatro saem da casa abandonada, e começam a caminhar.
— Já está escurecendo, melhor voltarmos... — Astrid sugere.
Ao retornarem à casa de Astrid, Lumine e Rebecca se deparam com algo diferente.
— O que houve com a sua casa? Ela era gigante, e feita de madeira... — Lumine comenta, confusa.
— ...E agora é só uma casa de concreto pequena. — Rebecca completa.
Astrid, mantendo seu ar enigmático, responde com um sorriso:
— Não se deixem enganar, meninas.
Quando entram na casa, Lumine e Rebecca ficam ainda mais impressionadas:
— Por dentro... ela está idêntica...
— Essa casa é maior por dentro do que por fora, e está sempre mudando. Como isso acontece? é um segredinho!
— Incrível... Já viu algo assim, Becca? — Lumine comenta, admirada.
— Não... é a primeira vez! — Rebecca responde, surpreendida.
— Tenho que ir agora, até amanhã meninas!
— Não volte nunca mais! — Astrid diz, gargalhando.
Goma sai correndo, deixando as meninas com um misto de maravilha e mistério enquanto exploram a casa única de Astrid.
— Tenho quartos para vocês dormirem, meninas! — Astrid oferece.
— Obrigada, mas precisamos ir. Nossas malas estão no hotel. — Lumine agradece.
— Malas? Está falando dessas malas?
Com um estalar de dedos, as malas e pacotes das duas aparecem magicamente.
— Acho que nunca vou conseguir entender o poder dela. — Rebecca diz, admirada.
— Os quartos ficam no corredor à direita. Tenham uma boa noite!
Enquanto Astrid se retira para seu próprio quarto, Lumine e Rebecca se dão conta de algo.
— Lu, nós nos esquecemos completamente dos pacotes que pegamos do avião
— Tem razão... nem sequer abrimos eles ainda...
— Quer ver o que tem dentro dessas caixas?
— Melhor fazermos isso junto com os meninos... Que tal uma noite das meninas?
— É uma ótima ideia! — Rebecca diz, sorrindo.
Na sala de Trois, ele se ergue, ainda tremendo.
— Chega... preciso acabar com isso de uma vez.
Trois veste sua luva adornada com cristais amarelos.
— Eu não queria fazer isso... Mas não tenho escolha!
Ele sai do casebre onde estava e começa a caminhar, com um propósito em mente.
Enquanto isso, em algum lugar distante, Bux observa a cidade do topo de um edifício:
— Não me decepcione, Trois... Acabe com eles sem piedade alguma.
Bux, imperturbável, pula do prédio, desaparecendo no céu noturno.
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Corruptible - Volume 1
FantasyO príncipe Corruptor vê sua vida mudar drasticamente ao encontrar um homem misterioso que o leva a descobrir um segredo que assombra o Universo há muitos anos. Determinado a resolver o mistério, Corruptor parte em uma jornada arriscada, acompanhado...