Capítulo 59: "Você"

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Lumine desperta e se dirige à mesa da cozinha com um sorriso no rosto

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Lumine desperta e se dirige à mesa da cozinha com um sorriso no rosto.

— Bom dia, Mamãe! — ela cumprimenta enquanto se sentava à mesa e começava a comer um lanche.

Amelia, no entanto, parecia preocupada.

— Bom dia, filha. Esta cheia de trabalho hoje...

— O que aconteceu?

— Várias pessoas vieram até mim pedir atendimento... Todas estão com os mesmos sintomas. — Amelia suspira, tomando um gole de café.

— Que estranho... O que pode ser? — Lumine franze a testa, preocupada.

— Não sei... Talvez algum vírus esteja atacando as pessoas... — Amelia reflete por um momento.

— São todos os sintomas que as pessoas sentiram... Vômitos, dores de cabeça... Infelizmente não pude examinar muito mais que isso. — Ela começa a analisar diversos papéis.

— Bem, eu finalmente encontrei o que procurava!!

— Que incrível! — Amelia sorri.

Lumine pega algumas ferramentas e dirige-se ao quarto para começar seu trabalho.

Enquanto Lumine estava ocupada, Amelia continua estudando durante a tarde, e mais algumas pessoas apareceram com os mesmos sintomas, deixando-a intrigada com a misteriosa epidemia que estava se espalhando.

Quando a noite cai, Lumine retorna à cozinha, mas sua expressão estava abatida.

— Mamãe... Não me sinto muito bem... — murmura ela, com voz fraca.

— O que você está sentindo, querida? — Amelia olha com preocupação para a filha.

— Dor de cabeça, náusea... E eu me sinto quente...— Lumine aperta as têmporas com desconforto.

Amelia se levanta rapidamente e acaricia os cabelos de Lumine.

— Va procurar algum remédio para você...

Enquanto Amelia procurava na prateleira, algo chama sua atenção: um tufo de cabelo de Lumine estava em suas mãos.

— Espera aí... Seus cabelos caíram... — sussurra Amelia, preocupada.

Ela corre até sua caixa de máquinas, procurando freneticamente.

— Aqui!!! — ela finalmente encontra uma máquina e começa a passá-la pelo corpo de Lumine, que olha confusa e preocupada.

— Não... Isso... Isso não pode estar acontecendo...—

Os sensores na máquina começaram a apitar incessantemente, e Amelia exclama com desespero:

— Droga!!! Lumine, vá tomar banho, já!

Amelia volta à cozinha e começa a reler os relatórios dos pacientes que haviam aparecido com os mesmos sintomas.

— Exposição a radiação ionizante... Como isso foi acontecer?? Como eu não tinha percebido?

Depois de um banho rápido, Lumine sente-se um pouco melhor, mas a preocupação pairava sobre elas. Alguns minutos depois, Amelia volta com uma mangueira e alguns remédios em mãos.

— Precisamos ir até a vila onde as pessoas moram.

— Mas, mamãe... Eles vivem muito longe daqui... Eu não tenho forças pra chegar até lá... — Lumine estava visivelmente fraca, mas concorda com um aceno de cabeça.

— Está tudo bem, filha, eu te levo no nosso carrinho.— Amelia tenta tranquilizá-la.

Com cuidado, Amelia coloca Lumine no carrinho de mão e sai apressadamente de casa.

— Filha, você por acaso tocou em alguma pedra ou objeto brilhante? — Amelia pergunta enquanto corriam.

— Sim... Algumas pessoas da vila foram ver a pedra que os meninos acharam na fábrica. — Lumine assente com uma voz fraca.

— Droga... O que faremos agora??

Após algumas horas de corrida, Amelia finalmente chega à vila e não perde tempo.

— ATENÇÃO, PESSOAL!! PRECISO QUE TODOS SAIAM DE SUAS CASAS!! — ela grita.

Algumas pessoas saíram de suas casas, preocupadas com a urgência na voz da médica.

— Doutora! Que bom que chega. Muitas pessoas morreram de uma hora para outra!! — relata uma pessoa da vila.

— FAÇAM TODOS UMA FILA NAQUELA PAREDE, E FIQUEM COM O MÍNIMO DE ROUPAS POSSÍVEL!! — ela exige, fazendo com que as pessoas se alinhassem de frente para uma grande parede.

Amelia conecta a mangueira a uma caixa e começa a lançar fortes jatos de água nas pessoas em fila.

— ISSO VAI DOER, MAS É IMPORTANTE PARA A SOBREVIVÊNCIA DE VOCÊS!!! — ela grita, desesperada.

Lumine, enfraquecida, observava impotente, sem forças para fazer mais. Amelia passa alguns minutos lavando as pessoas e reforça:

— NÃO TOQUEM EM SUAS ROUPAS!!!

Depois, ela coleta todas as roupas em sacos plásticos.

— Preciso que vocês fiquem o mais longe possível das casas!!

Lumine, enquanto isso, tira um objeto dos bolsos do vestido.

— O presente da mamãe está pronto...

Ela segura um par de brincos feitos com a pedra que pegou anteriormente.

Exausta, Lumine se deita no carrinho e se encolhe.

— Atenção pessoal!!! Venham tomar seus remédios!! — Amelia anuncia, abrindo sua bolsa e pegando vários remédios.

— Isso não vai reduzir o nível de radiação, mas vai ajudar a reduzir o sofrimento deles...

Ela então organiza as pessoas em duas filas.

— TODOS QUE TOCARAM NA PEDRA, FIQUEM À DIREITA, E OS QUE NÃO TOCARAM, FIQUEM À ESQUERDA!!!

As pessoas se dividiram em duas filas, e Amelia sussurra consigo mesma:

— Preciso salvar o máximo de vidas possível...

Ao longo da noite, Amelia trabalha incansavelmente, removendo os mortos das casas e cuidando de Lumine, em uma luta desesperada para conter os efeitos devastadores da radiação na comunidade.

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