Capítulo 62: "Mamãe Disse"

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Rebecca sai da escola e se posiciona na frente da calçada, observando com apreensão a rua

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Rebecca sai da escola e se posiciona na frente da calçada, observando com apreensão a rua.

— Espero que ela não demore dessa vez... — murmura para si mesma, com um toque de preocupação em seus olhos.

O professor Felix, gentil e preocupado com a menina, se aproxima dela.

— Rebecca! Não se esqueça que hoje à noite eu vou conversar com sua mãe! — Ele lembra, oferecendo-lhe apoio.

— Tudo bem! Até depois! — Rebecca responde com um sorriso, acenando para ele, e ele acena de volta.

Com um suspiro, ela começa a andar.

— Preciso ir e chegar em casa antes que anoiteça... — ela pensa, sentindo um pouco de solidão.

Enquanto caminhava, seus olhos se voltaram para as outras crianças, abraçando seus pais e brincando com os amigos.

— Será que um dia eu terei amigos assim...? — Ela se questiona em silêncio, respirando fundo antes de continuar sua jornada.

A voz de um alto-falante interrompe seus pensamentos.

— Atenção!! O grande Festival de Flores de Illuvaria será na próxima semana!! — Anuncia a voz animada.

Rebecca sorri com empolgação.

— Que legal!! Mal posso esperar!! — Ela diz, animada com a ideia do evento.

Após mais alguns minutos de caminhada, ela finalmente chega em casa.

— Finalmente... — Ela suspira, enquanto abria a porta e adentrava a casa.

— Mamãe? Você está aí? — Rebecca pergunta, olhando para os lados.

A mãe de Rebecca responde com uma voz que parecia mais sóbria do que o habitual.

— Sim, filha! Eu cheguei mais cedo hoje. — Ela estava na cozinha, procurando algo.

Rebecca se aproxima, notando a agitação da mãe.

— Perdeu alguma coisa? — Rebecca pergunta, preocupada com a aparência da mãe.

A resposta da mãe não era tranquilizadora.

— Não... Não é nada. — Ela responde vagamente, deixando Rebecca suspirar profundamente.

— O Professor Felix vai vir aqui hoje à noite, ele quer conversar com você... — Rebecca tenta falar, mas as palavras desencadearam uma explosão de raiva na mãe.

Ela se levanta abruptamente, encarando Rebecca com olhos furiosos.

— EU NÃO QUERO ELE AQUI! VÁ AGORA PARA O SEU QUARTO E SÓ SAIA QUANDO EU MANDAR! — Ela grita, fazendo Rebecca chorar e correr para o quarto.

No quarto, Rebecca se sente perdida e desamparada.

— Agora aquele homem vai vir aqui... O que eu faço? — A mãe de Rebecca se pergunta, sentindo-se impotente diante da situação.

Com lágrimas nos olhos, ela pega uma garrafa de bebida, buscando refúgio temporário naquele líquido amargo que era a única constante em sua vida tumultuada.

A mãe de Rebecca suspirou profundamente, lutando contra os efeitos do álcool e do estresse.

— Não é suficiente... eu preciso de mais.

Ela tira uma seringa com um líquido cinza do bolso e a injeta no braço, dando um suspiro de alívio.

— Ah, bem melhor.

Ela coça os olhos, sentindo os efeitos da droga.

— O que eu faço agora? O que ele quer comigo de novo? — Ela murmura para si mesma, antes de cambalear e cair no chão, suando frio.

— O que... O que você quer de mim?? — Ela balbucia, mas logo desmaia no chão da cozinha, deixando Rebecca sozinha.

Algumas horas depois, a campainha toca, fazendo Rebecca sair do quarto.

— Mamãe... Ele chegou! — Ela grita, enquanto ainda se mantinha trancada no quarto.

Do lado de fora da casa, o professor Felix chamava:

— Senhorita Rebecca!! Eu cheguei!!

Rebecca hesita, preocupada com a situação. Ela sai do quarto e encontra sua mãe novamente mexendo nas gavetas.

— Eu deixo ele entrar? — Rebecca perguntou, olhando para sua mãe em busca de uma resposta.

Mas a mãe de Rebecca parecia absorta, como se estivesse procurando algo desesperadamente.

— Mamãe? — Rebecca repete, mas não obtém resposta.

— O que está procurando? Perdeu alguma coisa? — Rebecca se aproxima, preocupada com a confusão que envolvia sua mãe.

— Sim... você perdeu... sua vida.

Ela puxa uma faca e rapidamente, se vira e a crava no olho esquerdo de Rebecca, que cambaleia para trás.

Felix ouve um estrondo vindo de dentro da casa e fica alarmado.

— Com licença, estou entrando!! — Ele anuncia enquanto entrava apressadamente e se deparava com a cena caótica.

— Tem alguém aí? Eu queria falar com a senhora. — Felix chama, dirigindo-se à cozinha, onde encontra Rebecca e sua mãe no chão.

Ao ver a situação, ele imediatamente corre para Rebecca, segurando-a nos braços.

— SENHORITA REBECCA!!! — Ele grita, desesperado.

— O que fizeram com vocês??? — Ele pergunta, olhando para a mãe de Rebecca, que estava desmaiada e sangrando.

Com pressa, ele pegou o telefone e liga para o hospital.

— Senhorita... Aguente firme... — Felix sussurra, tentando acalmar Rebecca enquanto o olho dela sangrava e uma faca estava jogada ao seu lado.

Rebecca consegue acenar com a cabeça, indicando que estava consciente.

— Senhora, consegue me ouvir? — Felix pergunta à mãe de Rebecca, mas ela permanece sem resposta.

— Mi... — Rebecca tenta falar, mas Felix a interrompe.

— Por favor, não tente falar! Poupe energia... — Ele a aconselha, preocupado.

— Mi... Misaki... — Rebecca murmura, e um brilho roxo toma conta de toda a casa, invadindo cada canto, cada cômodo e cada lugar dali.

Corruptible - Volume 1Where stories live. Discover now