Uma criança de 6 anos brincava alegremente em sua casa.
— Rebecca, nós vamos nos atrasar! Venha para o carro logo!! — Uma voz feminina chama de fora da casa.
Rebecca se levanta com e corre até a porta de casa. Diferente de hoje, ela não usava um tapa-olho, e seu cabelo era longo e preto.
— Já vou, mamãe!! — Rebecca responde animada, pegando uma mochila e se preparando para sair.
— Entre no carro logo. Não quero me atrasar. — A mãe de Rebecca, uma mulher de 34 anos com uma aparência desarrumada e segurando uma garrafa de bebida, impacientemente ordena.
— Não acha que já bebeu demais? — Rebecca, com uma expressão preocupada, não pôde deixar de questionar.
— Não te interessa. Eu sei quando parar.
A mãe apenas dá de ombros e liga o carro. As duas partiram.
— Você vai voltar sozinha para casa hoje. Eu deixei comida guardada e as coisas que precisar. — A mãe informa de forma quase indiferente.
— Tudo bem... — Rebecca responde, suspirando, enquanto a mãe continuava dirigindo.
Enquanto observava as coisas passarem pela janela do carro, Rebecca nota uma estátua velha e suja, revirando os olhos em desdém.
Finalmente, elas chegam à escola, e a mãe de Rebecca ordena:
— Chegamos. Desça.
Rebecca sai do carro e vai em direção à escola sem se despedir. O carro da mãe parte com uma arrancada, deixando a criança para trás em sua rotina diária.
— Bom dia, Sr. Felix! — Rebecca saúda com alegria enquanto entrava na sala.
O professor de Rebecca, um homem jovem com óculos e cabelos loiros, responde com um sorriso caloroso.
— Boa manhã, Rebecca! Você chegou mais cedo hoje. Ainda não há ninguém aqui. — Ele observa, notando o horário incomum de sua aluna.
— Minha mãe disse que nós iríamos nos atrasar... — Rebecca explica com uma expressão preocupada.
O professor Felix se aproxima de Rebecca, com sua expressão se tornando séria.
— Sua mãe anda brigando com você? — Ele pergunta, aflito.
Rebecca suspira profundamente e, relutantemente, mostra as marcas roxas em seu braço.
Felix fica visivelmente preocupado com a revelação.
— Hoje à noite, eu irei conversar com ela. — Ele promete, tomando uma atitude imediata.
Com cuidado, ele estende a manga da blusa de Rebecca para esconder as marcas, protegendo a menina.
— Vamos esperar seus colegas de classe. Enquanto isso, pode brincar no parque! — Felix sugere, incentivando Rebecca a sair da sala e aproveitar um momento de descontração antes do início das aulas.
Enquanto isso, a mãe de Rebecca estacionava o carro em um beco sombrio.
— Vamos ver o que eles têm aqui... — ela murmura para si mesma enquanto saía do veículo.
Ela era uma mulher jovem, mas o abuso de drogas e álcool havia deixado sua aparência negligenciada.
— Abra a porta, sou eu! — Ela bate na porta de um estabelecimento, e uma voz pede uma senha.
— Magnólia. — Ela responde, e a porta se abre para revelar um ambiente sombrio e decadente.
A mãe de Rebecca caminha por um salão repleto de bêbados e prostitutas, como se fosse a rainha de um reino obscuro.
— Chegaram novas caixas de bebidas! — Um homem informa a ela.
Ela sorri com satisfação.
— Mandem distribuir a todos aqui. Hoje à noite é nossa! — Ela grita, provocando celebrações entre os presentes.
Então, ela segue para uma sala mais reservada, onde se senta em uma cadeira. Sobre a mesa, havia um crachá com uma foto dela, uma imagem que parecia indicar um passado muito diferente.
— Um homem aqui quer falar com a senhora. Deixo ele entrar? — Um garçom pergunta, abordando-a.
Ela assente, mas sua expressão deixava claro que estava impaciente.
Com as pernas sobre a mesa e uma garrafa na mão, a mãe de Rebecca aguardava o encontro que a levaria mais fundo nas sombras de sua vida tumultuada.
— Olá, há quanto tempo. Como tem passado? — Diz um homem, entrando na sala. Ele usa uma capa marrom, e a fraca luz do ambiente impede que sua face seja mostrada.
— Você aqui? O que quer? — A mãe de Rebecca diz, com desdém.
O homem se senta em outra cadeira, com um sorriso malicioso.
— Você me deve algo... E eu vim aqui para cobrá-la.
— Tsk. Você sabe muito bem que eu já paguei minha dívida. Agora, vá embora. — ela dá um gole da bebida.
— Eu tenho uma proposta. Algo que você não vai recusar...
A mãe de Rebecca revira os olhos.
— Que tipo de proposta? É bom ser algo útil.
O homem deixa escapar um suspiro.
— Depois de tudo aquilo, eu andei observando você e sua filha... e percebi que ela possui potencial.
A mãe de Rebecca estreita os olhos, desconfiada.
— O que quer dizer com isso?
Ela discretamente coloca as mãos debaixo da mesa, e segura numa arma que está guardada num compartimento secreto.
— Eu gostaria de levála comigo e a treinar.
— Levar minha filha? Tem certeza disso?
— O que me diz? Posso buscá-la agora mesmo.
Ela saca a arma e a aponta para o homem, com o dedo no gatilho.
— Nem pensar! Vá para o inferno! — ela grita, apertando o gatilho.
— Sinto muito por isso.
As pessoas do salão escutam sons de tiro e saem correndo, assustadas.
— Senhora? O que aconteceu? — Diz um garçom, irrompendo pela porta e observando o escritório.
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Corruptible - Volume 1
FantasyO príncipe Corruptor vê sua vida mudar drasticamente ao encontrar um homem misterioso que o leva a descobrir um segredo que assombra o Universo há muitos anos. Determinado a resolver o mistério, Corruptor parte em uma jornada arriscada, acompanhado...